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Terceira Carta à Igreja em Pérgamo (Apocalipse 2.12-17)

1/29/2013

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Pérgamo era uma Igreja doutrinalmente comprometedora da cidade mais antiga da província e a sede oficial do governo romano.

A Igreja em Pérgamo se encontrou em uma situação difícil. Por todos os lados, os vizinhos praticavam idolatria e davam honra aos governantes romanos.

Os cristãos não abandonaram a verdade do Senhor, o único e verdadeiro Soberano. Mas, tanta influência de falsas doutrinas, teve um impacto negativo na Igreja, poluindo a congregação com doutrinas falsas que incentivavam os irmãos a praticarem idolatria e imoralidade. Jesus chama a Igreja ao arrependimento para evitar o castigo Divino.

Ao anjo da Igreja em Pérgamo (2.12-17)

2.12 – E ao anjo da Igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios:

A Igreja em Pérgamo: O único livro do Novo Testamento que cita a cidade ou a Igreja em Pérgamo, é o Apocalipse. Com a ajuda dos romanos, Pérgamo ganhou a independência dos selêucidas em 190 a.C., e passou a fazer parte do Império Romano à partir de 133 a.C. Durante mais de 200 anos foi a capital da província romana da Ásia. Teve a maior biblioteca fora  de Alexandria, Egito. Foi o povo de Pérgamo que primeiro usou peles para fazer o pergaminho, que substituiu o papiro, usado para fazer livros.

Aquele que a espada aguda de dois fios: A espada representa o poder para julgar e castigar. É Jesus, e não o governo romano, que segura esta espada (1.16)

2.13 – Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.

Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás: Os cristãos em Pérgamo eram vizinhos do diabo! Jesus, sempre vigiando para ajudar o seu povo, sabia muito bem da circunstância difícil naquela cidade. Desde 29 a.C., foi o local de um templo dedicado a Roma e a Augusto (idolatria oficial do governa romano). Mais tarde, foram construídos outros templos para a honra dos imperadores Trajano e Severo. Além desses templos para o culto imperial, o povo de Pérgamo adorava outros “deuses”, tais como Zeus, Atena, Dionísio e Asclépio. Encontramos em Pérgamo uma mistura dos poderes do mal: religiões falsas e o poder oficial do governo romano. Enquanto seus vizinhos sacrificavam aos demônios (1 Coríntios 10.19-20), os discípulos de Cristo reconheciam o único Deus como Senhor.

O trono de Satanás pode se referir a um altar de 60 metros de altura em honra a Zeus ou ao fato de que Pérgamo era o centro da adoração ao imperador. Além disso, a cidade era o centro da adoração a Asclépio, o deus da medicina, cujo símbolo era uma serpente, que, para Cristo, simboliza Satanás.

E reténs o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita: Jesus elogia a perseverança dos cristãos de Pérgamo, que foram fiéis a fé de Jesus, mesmo sob perseguição intensa. A minha fé (a fé de Jesus) é a palavra de Cristo revelada aos homens (Judas 3). Antipas é mencionado somente aqui. Evidentemente foi um mártir, provavelmente da própria congregação em Pérgamo. Foi morto entre eles, na cidade onde Satanás habitava. Antipas se mostrou fiel até a morte (2.10). Testemunha vem da palavra grega martus. É a mesma usada para descrever Jesus em 1.5. Com o tempo, passou a ser usada para identificar pessoas que morreram por seu testemunho de fé, e assim usamos a palavra mártir.

2.14-15 – Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.

Assim, tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço.

Mas umas poucas coisas tenho contra ti: Apesar da perseverança dos cristãos em Pérgamo, haviam problemas graves ameaçando o bem estar da congregação. Eles se mostraram tolerantes em relação a falsas doutrinas, especificamente dois erros citados nesta carta.

A doutrina de Balaão: A descrição da doutrina de Balaão refere-se a história do Velho Testamento (Números 22-25; 31.16). No final dos 40 anos de peregrinação, os israelitas chegaram perto da terra prometida. Acamparam-se nas campinas de Moabe, e os moabitas e midianitas focaram amedrontados. Balaque chamou Balaão para amaldiçoar o povo, mas Deus frustrou todas as suas tentativas de falar contra os israelitas. Balaão desistiu de suas maldições, mas procurou outra maneira de vencer o povo de Israel, dando o conselho de convidá-los a participarem de uma festa idólatra. Nesta festa, muitos israelitas se envolveram na idolatria e na imoralidade, e Deus mandou uma praga que matou 24.000 israelitas.

Na Igreja em Pérgamo, algumas pessoas agiam como Balaão. Incentivavam o povo a ser tolerante com outras religiões, até a participarem da idolatria e da prostituição. A sua doutrina foi basicamente igual às idéias atuais do pluralismo (aceitação de diversas religiões como igualmente boas) e sincretismo (junção de duas ou mais religiões).

A doutrina dos nicolaítas: A Bíblia não identifica esta doutrina, mas diz que Jesus odiava as obras dos nicolaítas e elogiou os efésios por rejeitarem esses ensinamentos (2.6). Infelizmente, a Igreja em Pérgamo tolerava esses falsos mestres.

Observações: Devemos observar dois fatos importantes destes versículos: 1) A doutrina de Balaão foi a doutrina que ele ensinava, não apenas a doutrina sobre a pessoa de Balaão. Semelhantemente, a doutrina de Cristo não é apenas o ensinamento sobre a pessoa de Cristo. A doutrina de Cristo inclui o que Jesus ensina. Considere a importância deste fato em relação a textos como Tito 2.10; Hebreus 6.1; e 2 João 9. Se alguém for alem do ensinamento dado por Jesus, não tem Deus. 2) Deus condena a tolerância de falsas doutrinas. À vezes, os homens valorizam tanto a unidade entre pessoas (dentro de uma congregação ou até entre congregações diferentes) que desvalorizam a doutrina pura de Jesus. Toleram falsos ensinamentos e até práticas proibidas, como a imoralidade e a idolatria, mas insistem na importância de manter uma “Igreja unida”. Se persistirem nesse erro, o próprio Jesus trará o castigo. A unidade entre discípulos é importante, mas a pureza da Palavra é mais importante que a paz entre os homens (Tiago 3.17). Uma Igreja que serve a Jesus necessariamente rejeitará falsos mestres e suas doutrinas erradas.

2.16 – Arrepende-te, pois; quando não em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca.

Arrepende-te...contra eles batalharei: O arrependimento exigido é o da Igreja, pois ela tolerava esses falsos mestres. Os professores das doutrinas de Balaão e dos nicolaítas precisariam se arrepender também, ou seriam rejeitados (Romanos 16.17-18; Tito 3.10-11). Uma Igreja que tolera falsos professores se torna cúmplice do pecado. Se ela não se arrepender, Jesus usará a espada de dois gumes (1.16; 2.12) para trazer seu castigo sobre ela.

2.17 – Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.

Quem tem ouvidos ouça: Como em todas as sete cartas, Jesus chama os ouvintes para darem a atenção devida a sua palavra.

Ao que vencer: Todas as cartas também incluem a promessa sobre a vitória. Aqueles que persistirem até o final receberão a recompensa. Nesta carta, a benção para o vencedor é descrita em duas partes:

O maná escondido: Aqueles que recusassem qualquer participação na mesa dos demônios receberiam o maná de Deus. Jesus é o maná dado pelo Pai (João 6.31-65). Ele sustenta os fiéis e lhes dá vida. A mensagem de Jesus continua oculta para os sábios deste mundo (1 Coríntios 2.6-10).

E dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito: Um novo nome, frequentemente sugeria uma nova direção na vida, especialmente de uma pessoa abençoada por Deus (exemplos: Abrão – Abraão; Sarai – Sara, Jacó – Israel). Refere-se também ao caráter de Cristo atribuído a pessoa. Em Isaías 62.2-4, desamparada e desolada, recebem outros nomes novos: minha delícia e desposada. Mostrando a benção de estar com Deus. Veja também 3.12. A pedrinha branca pode incluir vários significados, conforme os costumes da época. Pedras brancas foram utilizadas para indicar a inocência de pessoas acusadas de crimes; Jesus inocenta os seus seguidores fiéis. Pedras brancas foram dadas a escravos libertados para mostrar sua cidadania; os fiéis não são mais escravos do pecado, pois se tornaram cidadãos da Pátria Celestial (Filipenses 3.20). Elas foram usadas pelos romanos como um tipo de ingresso para alguns eventos; Jesus permite aos fiéis entrarem na presença dele para o seu banquete (19.6-9). Também foram dadas aos vencedores de corridas e aos vitoriosos em batalha. Os fiéis são os vencedores que receberão o prêmio (2 Timóteo 4.7-8).

Conclusão: Devemos imitar a perseverança dos discípulos de Pérgamo, mantendo firme a nossa fé, mesmo se encararmos ameaças e perseguições. Ao mesmo tempo, não devemos negligenciar outras responsabilidades diante de Deus. Servimos um Deus puro, e devemos manter e defender a doutrina pura que ele revelou. Qualquer doutrina que incentiva a idolatria ou a imoralidade vem do diabo. Procuremos o maná que vem de Deus para nos sustentar para sempre.                                      Pr. Afonso

     

   

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