Os profetas do passado, homens totalmente guiados por Deus, tinham plena consciência da grandeza de sua missão, e de como era impopular. E muitos deles, sentindo-lhe o peso, procuraram fugir dela, alegando limitações pessoais. Moisés, por exemplo, tentou evitar aquele compromisso de que dependeria o futuro de toda a nação, argumentando que era gago. Mas Deus resolveu o problema providenciando-lhe um porta-voz, na pessoa de Arão. Jeremias, também, tentou furtar-se à tarefa justificando que era ainda muito criança. Mas, como já acontecera com Moisés, a objeção humana não prevaleceu. É que Deus não chamava esses homens para irem às academias de sabedoria humana apurar a personalidade nem aumentar seus conhecimentos. Mas parece que Ele como que agarra esses servos e os encerra num compartimento consigo. Se for verdade o que afirma o poeta Oliver Wendell Holmes, que sempre que alguém tem uma ideia nova sua mente se amplia e depois nunca mais volta às dimensões anteriores, então o que se dirá o coração que já escutou o sussurro da Voz eterna? As palavras que Eu ( o Senhor) vos tenho dito, são espírito e vida". (Jo 6.63) Nossas pregações hoje acham-se bastante debilitadas pelas citações que tomamos emprestadas daqueles que já morreram, em vez de recorrermos ao Senhor. Um livro é bom quando nos serve de guia; mas torna-se pernicioso quando nos acorrenta.
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Pastor AfonsoSou Pastor Evangélico ha mais de 20 anos, com formação em Teologia Categories |