Todos nós estávamos mortos em nossos pecados, restava-nos apenas uma sentença: "Condenação Eterna". "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3.23). O acontecimento singular dessa noite veio restituir a comunhão dos eleitos com o Pai de forma imerecida. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus" (Efésios 2.8). "E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados" (Efésios 2.1).
Jesus usou a expressão "Tu o disseste" como reconhecimento de uma confissão arrancada de seus inimigos.
"Em verdade vos digo que um de vós me há de trair. E eles, entristecendo-se muito, começaram um por um a dizer-lhe: Porventura sou eu Senhor? E Ele respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair.
Em verdade o Filho do Homem vai, como acerca dEle está escrito, mas aí daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido.
E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura, sou eu , Rabi? Ele disse: Tu o disseste" (Mateus 26.21-25).
Quando todos perguntaram, menos Judas: Por ventura, sou eu, Senhor? Jesus esperou todos perguntarem, para ao final dar uma única resposta a todos: "O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair". Após instante de silêncio, pois o próprio silêncio denunciava Judas Iscariotes, surge a pergunta daquele sobre quem recaia agora todos os olhares: Porventura, sou eu, Rabi? E segue-se a resposta fulminante: "Tu o disseste". Ou seja, é você mesmo.
Graça e Paz!
Pr. Afonso Tavares