O AXIOMA DAS ESCRITURAS
Mas há outro princípio da Reforma, na verdade parte do axioma da Escritura
declarado de outra forma: As leis da lógica. Note que Lutero rejeita a autoridade de papas e
concílios porque eles se contradizem mutuamente: “Não creio na autoridade de papas ou
concílios, pois eles têm freqüentemente errado e se contradito mutuamente”. A Reforma
começou com uma rejeição da contradição e do paradoxo lógico, e não abraçando isso.
Aqueles que hoje alegam ser Reformados e, todavia, louvam o paradoxo, abandonaram esse
princípio da Reforma.
Diferente de teólogos modernos que encontram na contradição, paradoxo,
antinomia, mistério e tensão um sinal de divina “inspiração”, “espiritualidade” e “piedade”,
Lutero rejeitou a contradição como um erro: “Eles [papas e concílios] têm freqüentemente
errado e se contradito mutuamente”. Pode parecer elementar ao leitor que o erro não
deveria ser crido, mas no caos chamado filosofia contemporânea, esse ponto elementar é
negado. Por exemplo, o filósofo Nicholas Wolterstorff, considerado como co-fundador
(com Alvin Plantinga) de um movimento filosófico contemporâneo chamado pelo nome
errado de “Epistemologia Reformada”, escreveu em seu pequeno livro, Reason Within the
Bounds of Religion (Eerdmans, 1984): “Algumas das coisas que Deus quer que creiamos pode
ser adequado e apropriado para nós como suas ‘crianças’ crer, mas, estritamente falando,
pode ser falso” (99). A Neo-ortodoxia ensina que é possível Deus se revelar por meio de
falsidades. A própria verdade é negada pelos teólogos e filósofos “Reformados” modernos.
O que esses teólogos e filósofos negam é o que Gordon Clark chamou de
“primazia da verdade”. Ele explicou o conceito em seu livro Religion, Reason and Revelation:
A primazia da verdade significará que nossas ações voluntárias devem se
conformar à verdade. Obviamente, algumas vezes isso não acontece. Se é
verdade que adorar a Deus é bom, devemos adorá-lo. Talvez escolhamos
não adorar a Deus, mas a verdade é superior em direito à nossa vontade.
Essa maneira de colocar as coisas se estende à escolha voluntária da crença
também. Podemos escolher crer numa verdade, ou podemos escolher crer
numa mentira. Os dois tipos de escolha ocorrem de fato. Mas a primazia da
verdade significa que devemos crer na verdade e não devemos crer na
mentira.
Lutero aceitou o que Clark mais tarde chamou de a primazia da verdade. Alguns
filósofos contemporâneos não. Por causa de sua aceitação das leis da lógica e o princípio da
não-contradição, Lutero escreveu:
Passagens da Escritura que se opõem uma a outra devem, sem dúvida, ser
reconciliadas, e uma deve receber um significado que concorde com o
sentido da outra; pois é certo que a Escritura não pode discordar de si
mesma.
A Sagrada Escritura deve certamente ser mais clara, evidente e mais explícita
que os escritos de todos os outros, pois por ela, como por um escrito mais
claro e confiável, todos os mestres provam suas declarações; e eles querem
que seus escritos sejam confirmados e clarificados por ela. Mas sem dúvida
ninguém pode provar uma declaração obscura com outra ainda mais
obscura. Portanto, devemos voltar às Escrituras com os escritos de todos os
mestres e dessa fonte recebemos nosso julgamento e veredicto com respeito
a eles. Pois somente a Escritura é o Senhor e mestre verdadeiro de todos os
escritos e ensinos sobre a Terra.
Eu aprendi a sustentar somente a Escritura Sagrada como inerrante. Todos
os outros escritos que leio, não importa quão eruditos ou santos possam ser,
não me atenho ao que ensinam, a menos que provem pela Escritura ou
razão que assim devem ser.
Mas há outro princípio da Reforma, na verdade parte do axioma da Escritura
declarado de outra forma: As leis da lógica. Note que Lutero rejeita a autoridade de papas e
concílios porque eles se contradizem mutuamente: “Não creio na autoridade de papas ou
concílios, pois eles têm freqüentemente errado e se contradito mutuamente”. A Reforma
começou com uma rejeição da contradição e do paradoxo lógico, e não abraçando isso.
Aqueles que hoje alegam ser Reformados e, todavia, louvam o paradoxo, abandonaram esse
princípio da Reforma.
Diferente de teólogos modernos que encontram na contradição, paradoxo,
antinomia, mistério e tensão um sinal de divina “inspiração”, “espiritualidade” e “piedade”,
Lutero rejeitou a contradição como um erro: “Eles [papas e concílios] têm freqüentemente
errado e se contradito mutuamente”. Pode parecer elementar ao leitor que o erro não
deveria ser crido, mas no caos chamado filosofia contemporânea, esse ponto elementar é
negado. Por exemplo, o filósofo Nicholas Wolterstorff, considerado como co-fundador
(com Alvin Plantinga) de um movimento filosófico contemporâneo chamado pelo nome
errado de “Epistemologia Reformada”, escreveu em seu pequeno livro, Reason Within the
Bounds of Religion (Eerdmans, 1984): “Algumas das coisas que Deus quer que creiamos pode
ser adequado e apropriado para nós como suas ‘crianças’ crer, mas, estritamente falando,
pode ser falso” (99). A Neo-ortodoxia ensina que é possível Deus se revelar por meio de
falsidades. A própria verdade é negada pelos teólogos e filósofos “Reformados” modernos.
O que esses teólogos e filósofos negam é o que Gordon Clark chamou de
“primazia da verdade”. Ele explicou o conceito em seu livro Religion, Reason and Revelation:
A primazia da verdade significará que nossas ações voluntárias devem se
conformar à verdade. Obviamente, algumas vezes isso não acontece. Se é
verdade que adorar a Deus é bom, devemos adorá-lo. Talvez escolhamos
não adorar a Deus, mas a verdade é superior em direito à nossa vontade.
Essa maneira de colocar as coisas se estende à escolha voluntária da crença
também. Podemos escolher crer numa verdade, ou podemos escolher crer
numa mentira. Os dois tipos de escolha ocorrem de fato. Mas a primazia da
verdade significa que devemos crer na verdade e não devemos crer na
mentira.
Lutero aceitou o que Clark mais tarde chamou de a primazia da verdade. Alguns
filósofos contemporâneos não. Por causa de sua aceitação das leis da lógica e o princípio da
não-contradição, Lutero escreveu:
Passagens da Escritura que se opõem uma a outra devem, sem dúvida, ser
reconciliadas, e uma deve receber um significado que concorde com o
sentido da outra; pois é certo que a Escritura não pode discordar de si
mesma.
A Sagrada Escritura deve certamente ser mais clara, evidente e mais explícita
que os escritos de todos os outros, pois por ela, como por um escrito mais
claro e confiável, todos os mestres provam suas declarações; e eles querem
que seus escritos sejam confirmados e clarificados por ela. Mas sem dúvida
ninguém pode provar uma declaração obscura com outra ainda mais
obscura. Portanto, devemos voltar às Escrituras com os escritos de todos os
mestres e dessa fonte recebemos nosso julgamento e veredicto com respeito
a eles. Pois somente a Escritura é o Senhor e mestre verdadeiro de todos os
escritos e ensinos sobre a Terra.
Eu aprendi a sustentar somente a Escritura Sagrada como inerrante. Todos
os outros escritos que leio, não importa quão eruditos ou santos possam ser,
não me atenho ao que ensinam, a menos que provem pela Escritura ou
razão que assim devem ser.