Em 31/10/1517, um monge agostiniano, indignado com a venda de indulgências, cujo nome aportuguesado é Martinho Lutero, afixou suas famosas 95 teses na porta da Igreja do castelo de Wittenberg. De um ato aparentemente sem importância (Lutero buscava um debate acadêmico) eclodiu o maior avivamento que a Igreja cristã conheceu: A Reforma Protestante. O verdadeiro avivamento bíblico, consiste em a Igreja olhar para trás e restaurar o que foi perdido.
O que é chamado de avivamento no pentecostalismo e no neo-pentecostalismo é anti-bíblico.
Lutero recuperou a doutrina bíblica da Justificação pela Fé, enquanto Calvino recuperou a doutrina bíblica da Soberania de Deus.
Eis no que creio:
1) Creio na doutrina bíblica expressa pela Teologia Reformada.
2) Creio que a Bíblia deve ser interpretada pelo método histórico-gramatical, seguindo-se as leis da interpretação, as quais conheço como Hermenêutica Bíblica, da qual sou docente.
3) Creio que a Justificação pela Fé é um ato legal, pelo qual Deus declara que o pecador é justo, não por sua obediência ou boas obras (Rm3.22-26; Ef 2.8), unicamente pelos méritos de Cristo. O pecador é justificado somente pela fé (Rm 3.28).
4) Creio na Soberania de Deus (Soberania absoluta) sobre todas as coisas visíveis e invisíveis, materiais e espirituais, que deixaram de existir, que existem e que virão a existir. Tudo pelos Seus justos decretos. Criador e Mantenedor de todas as coisas.
5) Creio que a Soberania de Deus é específica em ralação à salvação (Rm 8.29-30). Conforme expressa perfeitamente os Cânones de Dort.
a) Depravação Total do Homem.
b) Eleição Incondicional.
c) Expiação Limitada.
d) Chamada Eficaz.
e) Perseverança dos Santos.
5) Creio que o fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre, como diz o Breve Catecismo de Westminster.
Como reformado, expus apenas um resumo da minha fé reformada, mas tenho condições de defender em qualquer instância e a qualquer momento a cada um dos escopos da Fé Reformada, porque o Senhor, pela Sua graça me concedeu.
Graça e Paz!
Pr. Afonso Tavares