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PARADIGMA FUNDAMENTAL: MÚSICA COMO PROCLAMAÇÃO E LOUVOR

11/13/2014

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MÚSICA COMO PROCLAMAÇÃO E LOUVOR
Na perspectiva de Lutero, a música na igreja funciona como viva vox
evangelii, como “a viva voz do evangelho”, louvando a Deus e proclamando
sua palavra ao mundo. Um hino ou música sacra de qualquer caráter é o
anúncio de lei e evangelho, de pecado e salvação. As funções de
entretenimento, arte e mesmo de ensino são secundárias. Os textos das músicas
sacras são, portanto, essenciais; eles devem proclamar corretamente lei e
evangelho a fim de anunciarem corretamente a própria palavra de Deus.
Como ocorre a participação da música na proclamação da palavra?
Talvez seja hora de deixarmos de lado concepções que falam da música
como “embelezamento” do culto ou como “invólucro” que envolve o dom
do evangelho, um invólucro que pode ser jogado fora quando a mensagem
já foi apresentada. A música na igreja é tanto proclamação quanto ministério.
O que é dito do púlpito, cantado pelo coro ou tocado pelo órgão e outros
instrumentos precisa ser a mesma palavra de Deus que deve atingir os
ouvintes. Portanto, o conteúdo do que se canta é de suma importância.
Ter como paradigma principal da música sacra de que ela é um dom e
criação de Deus tem implicações para com a arte musical. Schalk considera:
Ver a música como um dom e criação de Deus também tem implicações
para com a arte e integridade da composição musical. Falar da música
como arte significa estar preocupado com sua adequação como música
para o propósito para a qual ela foi intencionada, sua adequabilidade
como música para sua função, seu “bom andamento” como música.
Para a igreja, estar preocupada sobre a arte da música que ela usa em
seu louvor e oração é uma reflexão direta de seu cuidado no uso deste
grande e agradável dom de Deus.
Schalk acha que a música para a proclamação do evangelho não pode
ser superficial: “se a música é de fato criação e dom de Deus ao povo,
então proclamar o evangelho em música que reflete vulgaridade,
superficialidade, banalidade, falsificação e – talvez o pior de tudo – pretensão,
é contradizer em nossa arte a verdade, honestidade e integridade do próprio
evangelho”.
Schalk é da opinião que muitas das músicas que ouvimos atualmente
nas igrejas podem ser caracterizadas “pela melodia banal, pelo ritmo vulgar,
pela harmonia melada e por um empenho de efeito fácil”. Ele acha que
tal “desonestidade, falta de integridade e desprezo por arte num lidar com
materiais de música, muitas vezes revestida de uma pátina de atrativo
superficial, faz um desserviço ao evangelho a serviço de que tal música
pretende estar”. Schalk adverte que prontamente depreciamos tais
abordagens na arquitetura de igreja nos nossos automóveis e refrigeradores.
Estaria na hora de que aqueles que trabalham com as canções de fé ouvissem
seriamente tais críticas sobre o culto e a música sacra.
Acho que as preocupações de Schalk para com a qualidade da música
sacra servem de reflexão para nós. No entanto, é difícil qualificar o que
seria uma música “banal”, um ritmo “vulgar” ou uma melodia “melada”.
Na arte dos sons, e, mesmo na arte em geral, não se lida sempre com
parâmetros concretos. Em arte, lidamos muito com expressão e sentimento;
e estes são, muitas vezes, de gosto diversificado. É oportuno que lembremos,
por exemplo, que a ars nova surgida na música no século XIV foi considerada
por Jacques de Liège como música na qual a “imperfeição é exaltada e o
compasso é confundido”,  referindo-se a mudanças de divisão de tempos
dentro da mesma música, o que para nós, hoje, é perfeitamente “natural”.
O gênio Johann Sebastian Bach, quando foi examinado para ver se era apto
para tomar o cargo de “Cantor” na escola de Leipzig, foi considerado
“compositor de médio de porte!” para preencher o cargo.
Outro julgamento difícil de fazer com a música sacra é considerar que,
para uma música ser digna de culto, ela precisa ser “erudita”. Tudo o que
for “popular” não seria digno porque é simples, superficial e passageiro. O
emaranhado de discussões se tornará sempre maior à medida que fizermos
mais restrições sobre os tipos de música adequados ao culto.
Realmente acho que a questão sobre a música adequada ao culto não é
difícil. Eu me arriscaria a dizer o seguinte: toda a música que favorece a
proclamação do texto e que é aceita dentro da comunidade em que está
sendo apresentada, é adequada ao culto. Quanto à música instrumental,
diria o seguinte: todos os instrumentos que podem nos ajudar a cantar hinos
ou podem acompanhar uma música coral são adequados ao culto. A música
instrumental sem acompanhamento de texto (prelúdios e outras peças de
órgão, instrumentos, orquestra) também pode ser utilizada no culto se ela
servir de meio para a reflexão e para elevar nossos ânimos, proporcionandonos
alegria em louvarmos a Deus.

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    Sou Pastor Evangélico ha mais de 20 anos, com formação em Teologia 

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