O TREINAMENTO MUSICAL DE PASTORES E PROFESSORES
Lutero achava que pastores e professores precisariam saber música:
“A necessidade exige que a música seja mantida nas escolas. Um mestre-escola
precisa saber cantar; de outra maneira nem olho para ele. E antes
que um jovem seja ordenado ao ministério, ele deve praticar música na
escola”. Lutero zombava daqueles que “queriam ser teólogos embora
não possam nem mesmo cantar”. Mas ele tinha em alta consideração
aqueles que ensinavam os jovens a cantar e a praticar a palavra de Deus.
“Quando o mestre-escola é temente a Deus e ensina os meninos a
entenderem a palavra de Deus e a verdadeira fé, a cantar e praticá-la, e os
exercita na disciplina cristã, ali as escolas são, como dito acima, concílios
jovens e eternos, que certamente trazem mais proveito do que muitos outros
concílios grandes”.
O conhecimento e envolvimento de Lutero com a música refletem seu
entendimento da música como uma arte prática que tinha grande potencial
na vida e no culto de cada cristão. Schalk resume o trabalho de Lutero com
a música da seguinte maneira:
Quer fosse sua participação pessoal em várias atividades em fazer música,
seu conhecimento pessoal com a música e muitos músicos
de seu tempo, sua insistência de que a música sacra e seus músicos
fossem mantidos adequadamente, seu próprio envolvimento na
preparação da música para a liturgia, sua arte de escrever hinos e
inexperientes esforços na composição polifônica, sua ênfase na
importância da educação musical, quer sua exigência que pastores
e professores fossem adequadamente preparados e exercitados na
música, ele havia ido muito além de ver a música como uma ciência
especulativa. Para Lutero a música era uma arte que alguém
praticava e executava, que deleitava a alma e trazia vida à palavra
do evangelho. Para Lutero, música era sempre a viva vox evangelii,
a viva voz do evangelho, um dom de Deus para ser usado em sua
plenitude em louvor e oração cristãos.