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OS PARADIGMAS DE LOUVOR SEGUNDO LUTERO (PARTE 5)

10/23/2014

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MÚSICA COMO O CANTO DOS SACERDOTES REAIS
Lutero entendeu o canto congregacional como conseqüência lógica do
sacerdócio real de todos os crentes. No Antigo Testamento o sacerdócio de
todos os crentes já havia sido estabelecido por Deus: “Agora, pois, se
diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então,
sereis minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a
terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas
as palavras que falarás aos filhos de Israel”. No Novo Testamento este
ensino recebe confirmação clássica: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio
real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daqueles que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz”. Para Lutero, esta doutrina deveria ser expressa na
vida cristã incluindo o culto e a música como louvor e proclamação.
Era especialmente em relação aos abusos da celebração da Missa e ao
conseqüente mal entendido sacerdócio na Igreja Romana que Lutero
enfatizava o assunto. No seu escrito “O Cativeiro Babilônico da Igreja”
Lutero deixa claro: “Esteja, pois, certo e reconheça qualquer um que se
considere cristão: todos somos igualmente sacerdotes, isto é, temos o mesmo
poder na Palavra e em qualquer sacramento”. Sobre 1 Pedro 2.2,5, Lutero
afirma: “Pois as palavras de Pedro aplicam-se a todos os cristãos de quaisquer
sacerdócio”. E em “Um Sermão a Respeito do Novo Testamento, Isto É,
a Respeito da Santa Missa”, ele escreve:
Pois todos aqueles que têm a fé de que Cristo é um sacerdote em
favor deles diante de Deus, no céu, deitando sobre ele, apresentando
por intermédio dele sua oração, louvor, necessidade e a si mesmos,

não duvidando que ele o faça e que se ofereça a si mesmo como
sacrifício por eles... Todos estes, onde quer que estejam, são
verdadeiros sacerdotes e celebram em verdade corretamente a
missa, obtendo com ela também o que buscam. Pois a fé tudo deve
fazer. Somente ela é o mistério sacerdotal verdadeiro e não permite
que ninguém mais o seja. Por isso todos os homens cristãos são
sacerdotes e todas as mulheres são sacerdotisas, sejam jovens ou
velhos, senhor ou servo, senhora ou serva, douto ou leigo. Aqui não
há diferença, a não ser que a fé seja diversa.
A visão do “sacerdócio real” de todos os crentes tem implicações claras
no culto. Os crentes não só estão presentes no culto, mas também têm uma
participação ativa na ação litúrgica. Em seu sermão da dedicação da Igreja
de Torgau em 1544 Lutero disse que a assembléia reunida dos sacerdotes
reais é o foco da palavra pregada, do louvor e da oração.
Vocês [assembléia reunida], também, devem segurar o aspersório
e o incensório, de modo que o propósito desta nova casa possa ser
tal que nada mais possa jamais acontecer nela exceto que nosso
próprio querido Senhor possa falar a nós através de sua santa palavra
e nós lho respondamos através de oração e louvor.
Pois quando eu prego, quando nós nos reunimos como uma
congregação, isto não é minha palavra ou meu fazer; mas é feito
em favor de todos vocês e em favor de toda a igreja ... Assim
também todos eles oram e cantam e dão graças em conjunto; aqui
não há nada que alguém tenha ou faça por si mesmo somente; mas
o que cada um tem também pertence ao outro.
Esta compreensão que coloca a congregação no centro da ação musical
e litúrgica enfatizou o canto congregacional, o coral, característica do canto
congregacional da Reforma. Todos são encorajados a participar do louvor
comum. “Ele quer ouvir as multidões e não você e eu sozinho ou um simples
fariseu isolado. Por isso cante com a congregação e você cantará bem.
Mesmo que seu cantar não seja melodioso, ele será absorvido pela multidão.
Mas se você cantar sozinho, você terá suas críticas”. Schalk pondera:
“Pois toda a música do culto, fosse ela cantada pela congregação, coro ou
ministros ou tocada por instrumentos, era na realidade e verdade o canto
dos sacerdotes reais confessando e proclamando ao mundo as boas novas
de Deus em Cristo.
As conseqüências do exercício do sacerdócio universal no tempo da Reforma
foram notáveis. A Escritura e a Liturgia foram dadas ao povo. As adaptações de
Lutero de cantos gregorianos para serem cantados pelo povo facilitaram o canto
congregacional. O coro da congregação foi considerado como parte da assembléia
reunida oferecendo com a congregação o louvor a Deus. Schalk conclui:
O culto não mais poderia ser visto como alguma coisa feita por
outros em benefício do povo. Culto era visto, antes, como o povo de
Deus, a assembléia dos sacerdotes reais, exercitando seu sacerdócio
comum em louvor, proclamação e oração não só em seu próprio
benefício, mas também em benefício de todo o mundo.
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