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OS PARADIGMAS DE LOUVOR SEGUNDO LUTERO (PARTE 4)

10/21/2014

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A MÚSICA COMO CANTO LITÚRGICO
Lutero tinha como princípio conservar as tradições da igreja, uma vez que
não conflitassem com os ensinamentos bíblicos. A música a ser utilizada deveria
servir aos propósitos da liturgia histórica. Num comentário sobre a Missa
Latina de 1523 ele afirma: “...nem agora nem jamais foi nossa intenção abolir
totalmente todo o culto a Deus, mas apenas purificar novamente esse que
está em uso, mas que está viciado pelos piores acréscimos, e mostrar o uso
evangélico”. A Igreja Luterana continuou neste princípio de Lutero afirmando
na Confissão de Augsburgo: “Nossas igrejas são acusadas falsamente de
abolirem a missa. Pois a missa é retida entre nós e celebrada com a máxima
reverência. Também são conservadas quase todas as costumeiras cerimônias.
Apenas são intercalados, aqui e acolá, entre os hinos latinos, hinos alemães,
adicionados para ensinar o povo”.
Uma tal atitude indica claramente a conversão da música que
tradicionalmente fazia parte da missa. “Que a velha prática continue. Que
a missa seja celebrada com vestimentas consagradas, com cantos e todas
as cerimônias usuais, em latim, reconhecendo o fato que estas são meras
questões externas que não põe em perigo as consciências dos homens”.
No escrito “Concernente à ordem de Culto Público” de 1523, Lutero afirma:
“Que os cânticos nas missas dominicais e Vésperas sejam mantidos; eles
são bastante bons e são tirados da Escritura”.95 Em relação à introdução
 “Formulário da Missa e da Comunhão para a Igreja de Wittenberg” (1523), Martinho Lutero;
obras selecionadas, 
das reformas em Leipzig, esta visão é retirada numa conversa entre Lutero
e Melanchthon, registrada nas “Conversas de Mesa” em 1539.
Em razão disso houve consultas sobre cerimônias, como a comunhão
deveria ser observada. . . . Então Filipe declarou que ele tinha ouvido
dizer por muitos que nossas cerimônias são arranjadas de tal maneira
que o povo pensa que nenhuma mudança tem sido feita em
comparação com o uso anterior ... Em razão disso Martinho Lutero
disse: “Seria bom manter a Liturgia completa com sua música,
omitindo somente o cânon”.
As missas de Lutero confirmam sua intenção de não abolir a música
tradicional. A Missa Latina (Formula missae et Communionis pro Ecclecia
Vuittembergensi, 1523) é intencionada para ser mais formal com música
mais elaborada; é bastante conservadora. A Missa Alemã (Deutsche Messe,
1526) é mais modesta, com música também mais simples, mas pressupõe a
participação do coro. Ambos os ofícios provêem partes cantadas como as
leituras, as coletas, e os ordinários. Lutero pressupunha que a liturgia fosse
cantada, mesmo que fosse simples. Mas mesmo na Missa Alemã Lutero
não queria que a música fosse composta sem preocupação de qualidade.
Solicitou a ajuda dos Músicos Conrado Rupsch e João Walter para que o
assistissem na preparação da música da Missa Alemã.
Enfatiza-se muito que Lutero restaurou o canto congregacional. Mas é
preciso lembrar também que o canto congregacional na verdade é um reflexo
da insistência de Lutero de que o povo participasse ativamente do canto da
liturgia. É bem diferente do fato que se constata no protestantismo hoje,
verificando-se que muitas vezes os hinos têm pouca relação com o canto
da liturgia. Não foi acidental o fato que muitos hinos populares no período
do início da Reforma eram os relacionados ao ordinário da Missa (Kyrie,
Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei). Schalk explica:
Assim, na visão de Lutero, quando luteranos do século XVI cantavam
seu hino do Credo (“Nós Cremos todos num só Deus”97), eles não
estavam cantando uma alternativa estéril e empobrecida, uma pobre
segunda escolha para o texto em prosa do Credo. Na verdade eles
estavam cantando o Credo com um texto e veículo musical adaptado
especialmente às necessidades do canto congregacional.
Quando se olha para a vasta hinódia do início do luteranismo pode-se
verificar seu estreito relacionamento com a liturgia. Sejam os hinos de Lutero
relacionados com os ordinários da missa, bem como hinos de outros autores

relacionados com os próprios do Dia, hinos relacionados com o ano litúrgico,
hinos compostos para as Matinas e Vésperas, e os hinos relacionados com
a prática luterana chamada hinos de tempore (o Hino do Dia). Todos estes
hinos são veículos para capacitar a congregação a participar da liturgia
histórica, mas agora de forma a tornar possível a participação de todos.
Lutero não pensava em utilizar seus hinos apenas para uma participação no
culto de um modo geral. Os hinos estavam inseridos dentro da Liturgia
Católica tradicional da Igreja Ocidental, uma tradição que ele queria continuar
a afirmar. No artigo 24 da Confissão de Augsburgo é confirmado que a
liturgia histórica “é retida entre nós e celebrada com a máxima reverência.
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    Sou Pastor Evangélico ha mais de 20 anos, com formação em Teologia 

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