Pastor Afonso Responde!
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O ABSOLUTISMO CRISTÃO

12/30/2014

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O Absolutismo é o sistema de governo em que o governante se investe de poderes absolutos, sem limite algum, exercendo de fato e de direito os atributos da soberania. O nosso Governante Absolutista que exerce de fato e de direito os atributos da Soberania é Deus. Deus é Soberano, infinitamente exaltado sobre todas as coisas. Do seu ato criacionista emana todos os seus direitos sobre todas as coisas criadas. Seus atributos estão intrinsecamente relacionados entre si. Todas as suas decisões estão pré-determinadas desde a eternidade passada. Como isso se passa dentro da divindade, constitui para nós um Mistério Tremendo. A predestinação (direito de definir quais são os seus escolhidos) repousa na sua presciência (capacidade de antever tudo o que vai acontecer), sendo assim, Deus não é pego de surpresa, tampouco se maravilha com alguma coisa. Somos livres da ira através da graça, e, justificados pelo sangue de Cristo. Lembre-se amado, o que Cristo disse: "Não fostes vós que me escolhestes, mas Eu escolhi a vós". João 15.16  Graça e Paz!            Pr. Afonso  
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A VIDA DOS REFORMADORES

12/29/2014

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Pronunciar-se a respeito da vida dos Reformadores sem sólido conhecimento é o mesmo que trafegar por terreno pantanoso. Ora fala-se bem, ora fala-se mal, justamente por falta de conhecimento. Aconselho-te aprofundar-se no assunto que queres expor, e, lembre-se: "Ao servo de Deus não convém contender", conselho este que se aplica aos casos inúteis. Para se ter um conhecimento razoável de Calvino necessário se faz, ler toda a sua obra, e, isso aplica-se a Lutero e a todos os demais. Mas se queres ter um conhecimento razoável de Cristo, leia toda a Bíblia, e isso, várias vezes. Se não tens o hábito da leitura, não esperes que o conhecimento chegue num estalar de dedos. Graça e Paz!
Pr. Afonso
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"FELIZ NATAL" 

12/23/2014

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A VINDA DO MESSIAS

Isaías 9.6-7: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

“Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu Reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto”.

O Messias que se torna homem: Neste texto nós temos uma das promessas poéticas mais belas sobre o Reino vindouro do Messias. Nós recitamos este versículo anualmente e o ouvimos sendo cantado quando celebramos o Natal. Mas este versículo também contém uma referência a uma das grandes e incompreensíveis verdades na Bíblia: a encarnação – “um menino nos nasceu, um filho se nos deu”. Deus tornar-se-ia homem. Um bebê recém-nascido seria chamado de “Deus Forte, Pai da Eternidade”. Nós podemos aceitar essa verdade pela fé, mas nós não conseguimos compreender totalmente o que significou para a Segunda Pessoa da Divindade deixar sua condição eterna e assumir a carne. Mas Paulo nos diz que Ele tomou a forma de um servo e veio como homem. “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo nome” (Fp 2.7-9).

O texto informa o nome quádruplo e os atributos do Menino (Messias) que nascerá para reinar para sempre sobre o trono de Davi. “Maravilhoso Conselheiro” (ver Isaías 28.29), provavelmente, se trate de um nome que expressa sua habilidade para guiar e governar. Ele é a Palavra Viva, a fonte infalível de orientação, a sabedoria inesgotável, a verdade e o caminho. Sobre Ele repousa o principado (a qualificação para reinar). “Deus Forte”: O Menino é Deus encarnado, o Todo-Poderoso. O termo traduzido como “Poderoso” tem o significado adicional de “Heroi”. O Senhor é o Heroi infinito do seu povo, o Guerreiro Divino que triunfou sobre o pecado e a morte. “Pai da Eternidade” expressa o cuidado fraternal de Cristo. O nome não está em conflito com aquele da Primeira Pessoa da Trindade. Jesus disse a Filipe: “ Quem me vê a mim vê ao Pai” (Jo 14.9). “Da Eternidade” também pode significar “presente em todo lugar”. Ele tem os atributos Divinos tanto da Eternidade como a Onipresença e reina sobre o trono de Davi e nos corações dos redimidos. “Príncipe da Paz”: O seu Reino será caracterizado por Shalon, saúde, bem-estar, prosperidade, felicidade e ausência de inimizade. O Novo Testamento estabelece que significa o seu triunfo sobre Satanás, através da mensagem do Reino e o conflito do Reino.

Pr. Afonso

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DEUS É ESPÍRITO

12/20/2014

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"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.24)".
Parece simples, não é verdade; mas não é.
Somente um escolhido de Deus pode fazer isso, ou seja, adorar a Deus em espírito e em verdade.
Porquê? Porque o homem sem Deus é completamente depravado.
A adoração envolve momentos de comunhão com Deus, reconhecendo sua soberania, seu completo domínio sobre todas as coisas. Não é o caso do pentecostalismo de práticas liberais, nem do pentecostismo. Não é o caso de adoração de imagens como no catolicismo, tampouco do sincretismo religioso das religiões afro.
Deus quer ser adorado da maneira determinada por Ele. Ele é soberano nas nossas vidas, não nós.
Pr. Afonso
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DEUS É LUZ

12/16/2014

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DEUS É LUZ; AQUELES QUE NÃO ANDAM NA LUZ NÃO TÊM COMUNHÃO COM ELE (1 JOÃO 1.5-7)

5- “E esta é a mensagem que dEle ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nEle trevas nenhumas (v. 5)”.

Embora esse versículo fale sobre luz literal e trevas literais, o contexto desse versículo deixa claro a Santidade de Deus. Deus sendo extremamente Santo e exaltado sobre todas as coisas, é completamente separado de tudo que é impuro.

6- “Se dissermos que temos comunhão com Ele, e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade (v. 6)”

Ninguém que não faz a vontade de Deus, pode ter comunhão com Ele; tal pessoa é mentirosa.

7- “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado (v. 7)”

Se andarmos na direção e orientação dEle, estamos na luz, essa luz emana dEle e temos comunhão com os eleitos que andam em santificação (porque há eleitos que ainda não foram chamados) e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.

Pr. Afonso

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PRINCÍPIOS ESQUECIDOS DA REFORMA (ÚLTIMA PARTE)

12/16/2014

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O AXIOMA DAS ESCRITURAS - O DIREITO DE JULGAMENTO PRIVADO

Há ainda outro princípio da Reforma que é largamente esquecido hoje: o direito de
julgamento privado. Aqueles que defendem a tradição e autoridade da igreja e desprezam
os “solitários”, “cismáticos” e individualistas, ecoam os tiranos de Roma. Estando sozinho
diante dos poderes reunidos de Europa, Lutero disse: “Minha consciência é cativa da
Palavra de Deus, não posso e não vou me retratar de nada, pois não é seguro nem certo ir
contra a consciência”. Ao fazer isso, Lutero estava imitando Elias, que pensava ter ficado
sozinho; e Daniel, que sozinho enfrentou os leões e se tornou governante da Babilônia; e
Cristo, permanecendo sozinho diante dos poderes do judaísmo e da Roma pagã; e Paulo,
que disse que ninguém tinha ficado com ele em seu julgamento; e Atanásio, que se opôs a
todos os outros bispos; e Wycliffe, Hus e muitos outros. O Senhor tem freqüentemente
levantado tais indivíduos heróicos, permanecendo sozinhos pela Palavra de Deus,
desafiando o julgamento de reis, concílios e papas. Os defensores da autoridade e tradição
da igreja não são dignos de desatar as sandálias deles.
Lutero não estava apresentando alguma filosofia do Grilo Falante, de “deixe sua
consciência ser seu guia”; estava apresentando o princípio bíblico que o único guia
confiável é a Escritura, e é o direito de todos os homens ler e interpretar a Escritura por si
mesmo, de acordo com as regras da lógica que a própria Escritura contém. Quanto aos
assim chamados Pais da igreja, Lutero escreveu: “A Escritura deveria ser colocada lado a
lado com a Escritura de uma forma correta e apropriada. Aquele que puder fazer isso
melhor é o melhor dos Pais". Todos aqueles toleram a veneração dos “Pais da Igreja”
deveriam ler essa última sentença de novo. Lutero escreveu:
S. Pedro endereçou essas palavras a todos os cristãos, sacerdotes e laicos,
homens e mulheres, jovens e velhos, seja qual for a posição ou situação em
que estejam. Segue-se que todo cristão deveria conhecer o fundamento, e a
razão de sua fé, e ser capaz de mantê-la e defendê-la quando necessário.
Mas até aqui a leitura da Escritura vinha sendo proibida aos laicos…
Quando você estiver para morrer, não estarei contigo; nem o papa estará. Se
você então não conhece o fundamento de sua esperança, mas meramente
diz: ‘Creio como os concílios, o papa e os Pais têm crido’, e o diabo
responderá: ‘Sim, mas e se eles estiverem errados?’. Então ele terá ganho e
te levará para o Inferno.
Portanto, devemos conhecer o que cremos, a saber, o que é a Palavra de
Deus, não o que o papai e os santos pais crêem ou dizem. Você não deve
colocar confiança em nenhuma pessoa, mas na palavra de Deus pura.
Bispos, o papa, o sábio, e todos os demais têm o direito de ensinar; mas a
ovelha deve julgar se eles estão ensinando o que Cristo diz ou o que um
estranho diz… Portanto, que os bispos e concílios decidam e estabeleçam o
que lhes agradar. Mas se temos a Palavra de Deus diante de nós, somos nós,
e não eles, que devem decidir o que é certo e o que é errado.
Desse direito de julgamento privado brota o princípio bíblico de liberdade de
religião, tão combatido pelas três religiões medievais que estão agora em guerra entre si no
século vinte e um: Romanismo, Islamismo e Judaísmo. Tragicamente, muitos que alegam
ser cristãos e protestantes também se opõem à liberdade de religião e à separação
institucional de igreja e estado. Lutero viu que o Cristianismo implica a liberdade de
consciência e separação da igreja e estado:
Além do mais, todo o mundo arrisca crendo no que crê. Ele deve verificar
por si mesmo se aquilo no que crê está correto. Um homem pode crer ou
descrer por mim, tanto quanto pode ir para o Inferno ou Céu por mim; e
ele pode me levar à fé ou incredulidade tanto quanto pode abrir ou fechar o
Céu ou o inferno pra mim. Visto que, então, a crença ou incredulidade é
uma questão de consciência da pessoa, e visto que isso não diminui o poder
secular, esse poder deveria ficar satisfeito e cuidar do seu próprio negócio,
deixando os homens crer numa coisa ou noutra, como forem capazes e
dispostos, e não deveria constranger ninguém por força. Pois a fé é um ato
voluntário para o qual uma pessoa não pode ser forçada. De fato, é um ato
divino, feito no espírito, certamente não uma obra que um poder externo
deve forçar e criar.
A fé não forçará e pressionará alguém a aceitar o Evangelho… Mas aqui
você vê o papa errar e cometer erros quando ele presume conduzir as
pessoas por força; pois o Senhor ordenou que os discípulos apenas
pregassem o Evangelho. E isso é o que os discípulos fizeram; eles pregaram
o Evangelho e deixaram-no atingir quem quisesse. Eles não diziam: Creia,
ou te matarei.
No fim do mundo os homens não deveriam misturar dois poderes [igreja e
estado], como foi feito no tempo do Antigo Testamento entre o povo
judeu. Mas eles devem permanecer afastados e separados de cada deles, se
haveremos de preservar o verdadeiro Evangelho e a verdadeira fé… Pois
todos tentam pegar a espada. Os Anabatistas, [Thomas] Muenzer, o papa, e
todos os bispos queriam governar e reinar – mas não em seu chamado. Esse
é o caminho miserável do diabo… O diabo faz tudo isso. Ele não pega um
feriado enquanto não misturar as duas espadas.
Deveríamos aprender a separar poder espiritual de temporal, tão longe
quanto o Céu da Terra, pois o papa tem obscurecido grandemente essa
questão e misturado os dois poderes….
Esses também são os princípios da Reforma, largamente esquecidos entre aqueles
que se chamam de Reformados. Devemos lembrar e defender os solas, mas devemos
também lembrar e defender os princípios igualmente bíblicos da consistência lógica, a
Escritura somente, o direito de julgamento privado e a separação da igreja e estado.
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PRINCÍPIOS ESQUECIDOS DA REFORMA (PARTE 4)

12/15/2014

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O AXIOMA DAS ESCRITURAS


Mas há outro princípio da Reforma, na verdade parte do axioma da Escritura
declarado de outra forma: As leis da lógica. Note que Lutero rejeita a autoridade de papas e
concílios porque eles se contradizem mutuamente: “Não creio na autoridade de papas ou
concílios, pois eles têm freqüentemente errado e se contradito mutuamente”. A Reforma
começou com uma rejeição da contradição e do paradoxo lógico, e não abraçando isso.
Aqueles que hoje alegam ser Reformados e, todavia, louvam o paradoxo, abandonaram esse
princípio da Reforma.
Diferente de teólogos modernos que encontram na contradição, paradoxo,
antinomia, mistério e tensão um sinal de divina “inspiração”, “espiritualidade” e “piedade”,
Lutero rejeitou a contradição como um erro: “Eles [papas e concílios] têm freqüentemente
errado e se contradito mutuamente”. Pode parecer elementar ao leitor que o erro não
deveria ser crido, mas no caos chamado filosofia contemporânea, esse ponto elementar é
negado. Por exemplo, o filósofo Nicholas Wolterstorff, considerado como co-fundador
(com Alvin Plantinga) de um movimento filosófico contemporâneo chamado pelo nome
errado de “Epistemologia Reformada”, escreveu em seu pequeno livro, Reason Within the
Bounds of Religion (Eerdmans, 1984): “Algumas das coisas que Deus quer que creiamos pode
ser adequado e apropriado para nós como suas ‘crianças’ crer, mas, estritamente falando,
pode ser falso” (99). A Neo-ortodoxia ensina que é possível Deus se revelar por meio de
falsidades. A própria verdade é negada pelos teólogos e filósofos “Reformados” modernos.
O que esses teólogos e filósofos negam é o que Gordon Clark chamou de
“primazia da verdade”. Ele explicou o conceito em seu livro Religion, Reason and Revelation:
A primazia da verdade significará que nossas ações voluntárias devem se
conformar à verdade. Obviamente, algumas vezes isso não acontece. Se é
verdade que adorar a Deus é bom, devemos adorá-lo. Talvez escolhamos
não adorar a Deus, mas a verdade é superior em direito à nossa vontade.
Essa maneira de colocar as coisas se estende à escolha voluntária da crença
também. Podemos escolher crer numa verdade, ou podemos escolher crer
numa mentira. Os dois tipos de escolha ocorrem de fato. Mas a primazia da
verdade significa que devemos crer na verdade e não devemos crer na
mentira.
Lutero aceitou o que Clark mais tarde chamou de a primazia da verdade. Alguns
filósofos contemporâneos não. Por causa de sua aceitação das leis da lógica e o princípio da
não-contradição, Lutero escreveu:
Passagens da Escritura que se opõem uma a outra devem, sem dúvida, ser
reconciliadas, e uma deve receber um significado que concorde com o
sentido da outra; pois é certo que a Escritura não pode discordar de si
mesma.
A Sagrada Escritura deve certamente ser mais clara, evidente e mais explícita
que os escritos de todos os outros, pois por ela, como por um escrito mais
claro e confiável, todos os mestres provam suas declarações; e eles querem
que seus escritos sejam confirmados e clarificados por ela. Mas sem dúvida
ninguém pode provar uma declaração obscura com outra ainda mais
obscura. Portanto, devemos voltar às Escrituras com os escritos de todos os
mestres e dessa fonte recebemos nosso julgamento e veredicto com respeito
a eles. Pois somente a Escritura é o Senhor e mestre verdadeiro de todos os
escritos e ensinos sobre a Terra.
Eu aprendi a sustentar somente a Escritura Sagrada como inerrante. Todos
os outros escritos que leio, não importa quão eruditos ou santos possam ser,
não me atenho ao que ensinam, a menos que provem pela Escritura ou
razão que assim devem ser.
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PRINCÍPIOS ESQUECIDOS DA REFORMA (PARTE 3)

12/14/2014

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O AXIOMA DAS ESCRITURAS

Mas os seus perseguidores não cederam. Demandaram uma resposta “sem chifres
ou dentes”. Eles receberam:
Já que vossa Majestade e vossas excelências desejam uma resposta breve,
vou responder-vos sem quaisquer chifres e dentes: A menos que seja
convencido pela Escritura e pela clara razão (não creio na autoridade de
papas ou concílios, pois eles têm freqüentemente errado e se contradito
mutuamente) naquelas passagens das Sagradas Escrituras que apresentei,
pois minha consciência é cativa da Palavra de Deus, não posso e não vou
me retratar de nada, pois não é seguro nem certo ir contra a consciência.
Aqui estou; não posso fazer outra coisa. Deus me ajude. Amém.
Um observador espanhol disse que Lutero, na escuridão da reunião, levantou suas
mãos acima de sua cabeça no gesto de triunfo usado pelos cavaleiros alemães. Alguns
observadores gritaram: “Ao fogo! Ao fogo!”.
A despeito dos esforços da “Santa Igreja Apostólica”, Lutero não foi queimado
vivo, como muitos outros santos tinham sido assassinados pela Igreja Romana por séculos.
Ele viveu outros 25 anos, escrevendo, traduzindo e organizando. Desses escritos, e dos
escritos de outros Reformadores, vieram o que são geralmente considerados os princípios
da Reforma: justificação pela fé somente, salvação pela graça somente por meio dos
méritos de Cristo somente, tudo para a glória de Deus somente. E esses princípios são as
verdades cristãs mais importantes que têm sido abafadas pelo Anticristo por um milênio.
São verdades que estão sob ataque hoje por homens que alegam ser cristãos e protestantes,
alguns dos quais são pastores de igrejas nominalmente Reformadas.
Mas há outros princípios da Reforma, até mais fundamentais que esses, e podem
ser vistos na peroração de Lutero. Primeiro, ele declara sua aceitação axiomática das
Escrituras: “A menos que seja convencido pela Escritura e pela clara razão…”. A Escritura
era o ponto de partida axiomático de Lutero, sua única autoridade. Ele falou tanto sobre
esse princípio que o mesmo ficou conhecido como o Schriftprinzip. Aqui estão umas poucas
de suas considerações sobre o axioma da Escritura (os números seguindo cada parágrafo
são os números do parágrafo em What Luther Says, um compêndio de seus escritos):
A questão de suprema importância para nós é apreciar o valor e uso da
Escritura, isto é, saber que ela é um testemunho a todos os artigos de
Cristo, e o mais alto testemunho – que excede de longe todos os milagres.
Cristo indica isso ao homem rico (Lucas 16:29-31)…Os mortos podem nos
enganar, mas a Escritura não… Assim, Cristo quer enfatizar isso bem mais
que sua aparição. Ele não diz: Por que você não quer crer na mulher que lhe
disse que eu ressuscitei? Nem diz: Por que você não quer crer nos anjos que
testemunharam minha ressurreição? Ele os dirige simplesmente de si
mesmo para a Palavra e a Escritura.
Mesmo que as pessoas colocassem todos os livros de todas as faculdades
sobre a Terra diante de nós, ainda não poderíamos adquirir deles um
conhecimento da origem de Adão, do pecado e da morte, ou do efeito do
pecado; pois somente a Escritura Sagrada ensina essas coisas. Esse é o
motivo pelo qual devemos estudá-la, pois nos tornaremos mais sábios que o
resto inteiro do mundo. Quem não consulta a Escritura não saberá nada.
Podemos ver quão ricamente Cristo recompensou os papistas por chamar
sua Escritura de obscura, perigosa e desviante. Ele deixou que eles lessem
um pagão morto [Aristóteles] nos quais escritos não existe nenhuma ciência
real [conhecimento], mas pura escuridão. E o que eu disse é o melhor que
pode ser dito de Aristóteles. Não direi nada das passagens nas quais ele é
absolutamente venenoso e mortífero. Todas as escolas para aprendizado
avançado merecem ser reduzidas ao pó. Nada mais infernal e satânico que
jamais veio ou virá sobre a Terra.
Deveríamos observar com cuidado particular que os apóstolos atribuíram
tamanha autoridade à Escritura que não estamos sob a obrigação de aceitar
nada que não esteja afirmado nela… deveríamos da mesma forma rejeitar
todas as doutrinas não-escriturísticas.
A Escritura deve ser entendida somente através daquele Espírito que a
escreveu. Esse Espírito você não pode encontrar mais certamente e ativo do
que nas Sagradas Escrituras, que ele mesmo escreveu. Nosso esforço,
portanto, não deve ser colocar a Escritura de lado e dirigir nossa atenção
aos escritos meramente humanos dos Pais. Pelo contrário, colocando todos
os escritos humanos de lado, deveríamos gastar mais tempo e trabalho
persistente nas Santas Escrituras somente… Ou digam-me, se puder, quem
é o juiz final quando as declarações dos Pais se contradizem? Nesse evento,
o julgamento da Escritura deve decidir a questão, algo que não pode ser
feito se não dermos à Escritura o primeiro lugar… assim, quando ela é o
seu próprio intérprete, é mais certa, clara e facilmente entendida, aprovando,
julgando e iluminando todas as declarações de todos os homens…
Portanto, nada exceto as palavras divinas devem ser o primeiro princípio
para os cristãos; todas as palavras humanas são conclusões extraídas delas e
devem ser testadas e aprovadas por elas.
A doutrina da Escritura deve ser aprovada, mesmo que Herodes a
apresentasse e cometesse nada senão assassinatos. Da mesma forma, por
outro lado, a doutrina dos homens não deve ser aprovada, mesmo que S.
Pedro, Paulo ou um anjo a apresentasse e produzisse um dilúvio de milagres.
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PRINCÍPIOS ESQUECIDOS DA REFORMA (PARTE 2)

12/12/2014

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O AXIOMA DAS ESCRITURAS

Pressionado para dar como resposta um sim ou não, Lutero discursou da forma
como sabia que deveria fazer. Primeiro, reconheceu que os livros em questão eram todos
seus. Ele recusou esquivar-se do assunto negando sua autoria ou tentando alguma outra
evasão. Segundo, como um bom teólogo e logicista, ele dividiu corretamente seus livros.
Apontou que alguns de seus escritos eram simples declarações de verdades cristãs aceitas,
de natureza pastoral, e que mesmo alguns dos seus oponentes tinham admitido que todo
cristão poderia se beneficiar lendo os mesmos. Denunciar esses escritos seria pecado.
Terceiro, Lutero distinguiu outros escritos nos quais ele tinha atacado a vida e doutrinas do
papado e papistas. Os escândalos deles eram bem conhecidos, e denunciar aqueles escritos
seria pecado também. Quarto, ele disse que alguns dos seus escritos eram ataques a
indivíduos que se opunham à sua teologia; ele admitiu que tivesse sido duro algumas vezes;
e pediu desculpas por qualquer severidade exagerada naqueles escritos. Lutero admitiu que
era um pecador que poderia errar, mas seus erros doutrinários deveriam ser demonstrados
a partir da Escritura. Ele disse:
Por causa do meu ensino, perigo, dissensão e conflitos têm se levantado no
mundo. Assim, ontem fui admoestado sobre eles nos mais fortes termos.
Mas eu vi o que aconteceu e o que está acontecendo. E devo dizer que para
mim é um espetáculo prazenteiro ver que paixões e conflitos se levantam ao
redor da Palavra de Deus. Pois é assim que a Palavra de Deus trabalha!
Como o Senhor Jesus disse: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não
vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim por em dissensão o homem
contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra”. E assim,
devemos pesar cuidadosamente quão maravilho e terrível é o nosso Senhor
em seus conselhos secretos. Devemos estar certos que aquelas coisas que
fazemos para banir a contenda (se ao fazê-lo condenamos a Palavra de
Deus), não nos leve antes a uma enxurrada de mal insuportável. Então,
poderia ser que o governo deste jovem, nobre príncipe Charles (em quem,
abaixo de Deus, temos muita esperança), se torne enfermo para morte. Eu
poderia recordar muitos exemplos da Escritura – Faraó, o Rei da Babilônia,
os Reis de Israel – que mostraria como eles caíram totalmente por terra
quando tentaram livrar os seus reinos de contenda por meio de sua própria
sabedoria.
Observe o que Lutero fez:
(1) Ele não recuou de sua confrontação com os poderes combinados da Europa;
seu adiamento apenas aumentou a antecipação e focou uma maior atenção em suas
palavras.
(2) Ele reconheceu candidamente que os livros em questão eram seus, garantindo
assim uma colisão direta e de frente com os pretensiosos potentados do
Cristianismo.
(3) Ele diferenciou cuidadosamente entre os seus livros, apontado que denunciar
alguns deles seria pecado.
(4) Ele se regozijou que o seu ensino tinha causado perigo, dissensão e conflitos no
mudo, pois esse era precisamente o efeito inicial que o Evangelho tem na
sociedade; e advertiu contra tentar manter a paz mediante um comprometimento da
Palavra de Deus.
(5) Lutero avisou ao jovem Imperador que tinha um Rei no Céu também, e que
seria melhor ele ser cuidadoso em seus julgamentos, lembrando-o de Faraó,
Belsazar, e muitos Reis perversos de Israel.

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PRINCÍPIOS ESQUECIDOS DA REFORMA

12/10/2014

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Princípios Esquecidos da Reforma
JohnW. Robbins
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1
Todo Outubro, enquanto o mundo está imitando e celebrando bruxas, demônios,
fantasmas e mágica em boa moda pagã e medieval, os cristãos lembram a Reforma cristã do
século dezesseis, quando o evangelho de Jesus Cristo varreu toda a Europa, destruindo um
Cristianismo totalmente corrompido e concedendo vida eterna a milhões de almas
perdidas.
No último dia de Outubro de 1517, Martinho Lutero, um professor de universidade
na Alemanha, publicou 95 proposições para debate na porta do Castelo-Igreja de
Wittenberg. Alguém pegou as proposições em latim de Lutero, traduziu para o alemão,
imprimiu-as, e distribui ao povo. Lutero pretendia um debate eclesiástico e acadêmico;
Deus pretendia salvar almas, promover o seu reino, e mudar radicalmente o curso da
história mundial.
Menos de um ano depois, Lutero foi intimado a aparecer diante do núncio papal,
um italiano chamado Jacopo di Vio de Gaeta, que chama a si mesmo de Cardeal Thomas
Cajetan, em Augsburgo. Gabriel Venetus em Roma tinha ordenado que Lutero fosse
capturado, “preso em correntes, cadeados e algemas”, e enviado imediatamente para Roma,
mas o Eleitor Frederico interveio sobre o princípio que os alemães não deveriam ser
julgados em tribunais estrangeiros. Em Augsburgo Cajetan demandou que Lutero retratasse
todas as críticas sobre as indulgências. Quando Lutero recusou, Cajetan explodiu em raiva,
mas Lutero foi novamente protegido da ira da “Santa Igreja Apostólica” pelo Eleitor
Frederico. Em 1520, Lutero foi excomungado pelo Papa. Em 10 de dezembro de 1520,
Lutero queimou publicamente a bula papal de excomunhão e a lei canônica em desafio
aberto à autoridade da Igreja.
O Imperador de 20 anos de idade, Charles V, do Santo Império Romano, uma
pessoa devota e fiel à Igreja Católica, intimou agora que Lutero aparecesse diante da Dieta
de Worms para enfrentar a ira unida da Igreja e do Estado. Ali, diante de príncipes, nobres,
bispos e o próprio Imperador, todos reunidos, Lutero encarou esse grande desafio: A
pompa e poder reunido da Igreja medieval e do Estado estavam preparados contra ele. As
tradições, dogmas e práticas de um milênio estavam ali para julgá-lo, um javali selvagem
correndo na vinha de Deus, nas palavras do Papa que reinava. O porta-voz dos Poderes
exigiu que Lutero renunciasse seus escritos – ensaios tais como O Cativeiro Babilônico da
Igreja, Carta Aberta à Nobre Cristã da Nação Alemã e A Liberdade do Cristão. Para a surpresa de
quase todo o mundo, e insulto do representante do Papa, Lutero pediu um dia para pensar,
o que o Imperador concedeu.
Lutero, talvez melhor que a maioria dos eruditos desde aquele tempo, entendeu a
importância daquela assembléia, daquela pergunta e sua respectiva resposta. Por mil anos a
Igreja Romana tinha reivindicado e reforçado um monopólio sobre Deus e a verdade, pelo
menos naquele pequeno anexo da terra eurasiana chamada Europa Ocidental. A Igreja
alegava insolentemente que era o único repositório da revelação sobre a Terra, a autora da
própria Escritura, dona de tradições tão celestiais que os apóstolos jamais escreveram, a
guardiã da teosofia dos cristãos, e representante de Deus sobre a Terra. O desenvolvimento
de seu dogma era a revelação da própria Verdade, e ela não poderia errar. Por milhares de
anos, milhões de pessoas tinham crido nessas alegações megalomaníacas. Reis, príncipes e
Imperadores foram intimidados e humilhados pela Igreja. Quando Lutero enfrentou os
poderes reunidos em Worms, estava confrontando não meramente o Imperador atual e o
bispo que reinava então, mas milhares de anos de história. Ele queria que sua resposta fosse
lembrada por outros milhares de anos.

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    Pastor Afonso

    Sou Pastor Evangélico ha mais de 20 anos, com formação em Teologia 

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