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As Bem-aventuranças: "Nada tem Sucesso como o Fracasso"

9/30/2013

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3. As Bem-aventuranças: "Nada tem Sucesso como o Fracasso"

Talvez não haja melhor afirmação da mensagem das bem-aventuranças (Mateus 5:2-12) do que o pequeno e curioso ditado de G. K. Chesterton: "Nada tem sucesso como o fracasso." Naturalmente, Jesus não estava falando de fracasso real, como Chesterton também não estava, mas do que os homens têm convencionalmente chamado de fracasso. A cruz foi, certamente, um desastre colossal, por qualquer padrão convencional. Ela só parece "certa" a muitos de nós agora porque consentimos em dezenove séculos de tradição bem estabelecida. Não é tão notável, então, que um reino destinado a ser elevado ao poder sobre uma cruz fosse cheio de surpresas e que Jesus dissesse que somente aqueles que fossem fracassos aparentes tinham alguma esperança em suas bênçãos. Nas seguintes bem-aventuranças o Salvador deixa bem claro que o reino do céu pertence não aos cheios, mas aos vazios.

"Bem-aventurados os humildes de espírito" (Mateus 5:3). Jesus começa tocando a fonte do caráter do cidadão do reino: sua atitude para consigo mesmo na presença de Deus. Lucas abrevia esta bem-aventurança para "Bem-aventurados vós os pobres" (6:20) e registra também uma desgraça pronunciada por Jesus sobre os ricos (6:24). Na sinagoga de Nazaré, Jesus havia lido a profecia messiânica de Isaías, dos pobres "mansos" recebendo o evangelho (Isaías 61:1; Lucas 4:18) e mais tarde haveria de, sobriamente, advertir que o rico não entraria facilmente no reino (Lucas 18:24-25). Mas, enquanto é verdade que "a grande multidão o ouvia com prazer" (Marcos 12:37) porque a penúria dos pobres os traz à humildade mais facilmente do que a confortável abundância do rico, o relato que Mateus faz do sermão torna evidente que Jesus não está falando da pobreza econômica. Não é impossível para o pobre ser arrogante nem para o rico ser humilde. Estes "pobres" são aqueles que, possuindo pouco ou muito, tem consciência de seu próprio vazio espiritual.

A palavra grega, aqui traduzida como "humilde", vem de uma raiz que significa abaixar-se ou encolher-se. Ela se refere não simplesmente àqueles para quem a vida é uma luta, mas aos homens que são constrangidos à mais abjeta mendicância porque eles não têm absolutamente nada (Lucas 16:20-21). Aqui ela é aplicada à pecaminosa vacuidade de uma falência espiritual absoluta, na qual uma pessoa é compelida a implorar por aquilo que ela é impotente para obter (Jeremias 10:23), e ao que ela não tem nenhum direito (Lucas 15:18-19; 18:13) mas sem o que ela não pode viver. Mendigar é duro para os homens, (Lucas 16:3), especialmente os orgulhosos e confiantes em si mesmos, mas isto é onde nossos caminhos pecaminosos nos têm levado e não veremos o reino do céu até que encaremos esta realidade com humilde simplicidade.

"Bem-aventurados os que choram" (Mateus 5:4). Os homens têm sido educados para acreditar que lágrimas têm que ser evitadas, para ganhar felicidade. Jesus simplesmente diz que isto não é verdade. Há certa tristeza que tem que ser abraçada, não porque ela é inevitável e a luta fútil, mas porque a verdadeira felicidade é impossível sem ela.

Até mesmo a aflição que é inevitável aos homens mortais, seja qual for sua condição, pode ter efeitos saudáveis sobre nossas vidas, se permitirmos que assim seja. Ela pode, como Salomão diz, lembrar-nos da tênue transitoriedade de nossas vidas e pôr-nos a pensar seriamente sobre as coisas mais importantes (Eclesiastes 7:2-4). O salmista, que nos deu tão rica meditação sobre a grandeza da lei de Deus, ligou a dor com o entendimento. "Antes de ser afligido" ele refletiu, "andava errado, mas agora guardo tua palavra." Ele, então, conclui, "Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos" (Salmo 119:67,71). As lágrimas têm sempre nos ensinado mais do que os risos sobre as veracidades da vida.

Mas, há algo mais sobre o choro, nesta jóia de paradoxo, do que as lágrimas a que não podemos fugir, a tristeza que vem sem ser chamada nem procurada. Esta aflição vem-nos por escolha, não por necessidade. O Velho Testamento influenciaria nosso entendimento destas palavras faladas primeiramente a uma audiência judaica. Isaías previu que o Ungido do Senhor viria para "curar os quebrantados de coração" e para "consolar todos os que choram" (61:1-2). Mas estas palavras foram aplicadas somente a um remanescente de Israel, que haveria de ser humilhado e entristecido através das aflições da nação por seus pecados. A visão de Ezequiel da ira de Deus por uma Jerusalém corrupta revelou que somente aqueles que "suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela" deverão ser poupados (9:4-6). Sofonias fez uma advertência semelhante (3:11-13,18).

Os profetas queriam que entendêssemos este choro como a aflição experimentada por aqueles que em sua reverência por Deus estão horrorizados por seus próprios pecados e aqueles de seus companheiros, e são comovidos às lágrimas de amarga vergonha e aflição. Esta é a "tristeza segundo Deus", sobre a qual Paulo escreve, uma tristeza que "produz arrependimento para a salvação" (2 Coríntios 7:10). Estas são as lágrimas que temos que decidir derramar, renunciando ao nosso orgulho obstinado; e por vontade de escolher, chegar ao inenarrável conforto de um Deus que perdoa a todos nós, toma-nos para ele, e finalmente enxugará todas as lágrimas (Apocalipse 21:4). Nada, exceto a misericórdia de Deus pode mitigar uma aflição como esta.

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As Bem-aventuranças: O Caráter dos Cidadãos do Reino

9/29/2013

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2. As Bem-aventuranças: O Caráter dos Cidadãos do Reino

Jesus abriu este importante sermão com uma série de oito declarações, pungentes e paradoxais, tradicionalmente conhecidas como as "bem-aventuranças" (Mateus 5:2-12). Elas devem ter caído como raios sobre aqueles ouvidos judeus do primeiro século. Uma fórmula para sucesso mais improvável poderia dificilmente ter sido imaginada. Elas assaltavam cada conceito da sabedoria convencional e deixavam o ouvinte chocado e perplexo. Deste modo, Jesus captura a atenção de sua audiência e insiste no caráter essencial do reino de Deus e seus cidadãos.

O mundo todo, então como agora, estava em busca, diligentemente, da felicidade e tinha tampouco uma concepção de como obtê-la, como os homens de hoje. Não houve surpresa no anúncio de que havia verdadeira bem-aventurança no reino. O choque veio com o tipo de povo que estava destinado a obtê-la.

As bem-aventuranças falam exclusivamente de qualidades espirituais. As preocupações históricas do homem, riqueza material, condição social e sabedoria secular, não recebem simplesmente pouca atenção, elas não recebem nenhuma. Jesus está claramente esboçando um reino que não é deste mundo (João 18:36), um reino cujas fronteiras não passam através de terras e cidades, mas através dos corações humanos (Lucas 17:20-24). Este reino totalmente improvável chegou, conforme anunciado, no primeiro século (Marcos 9:1; Colossenses 1:13; Apocalipse 1:9), porém muitos estavam despreparados para reconhecê-lo e aceitá-lo, assim como estão hoje.

Deve ser notado, ainda mais, que as qualidades do cidadão do reino não somente eram espirituais, mas são virtudes que o homem não receberia naturalmente. Elas não são o produto da hereditariedade ou do ambiente, mas da escolha. Ninguém, jamais, "cai" displicentemente nestas categorias. Elas não acontecem no homem naturalmente, e são de fato distintamente contrárias à "segunda natureza" que o orgulho e a ambição têm feito prevalecer nos corações de toda a humanidade.

Talvez não haja verdade mais importante a ser reconhecida sobre as bem-aventuranças do que o fato que elas não são provérbios independentes, que se aplicam a oito diferentes grupos de homens, mas são uma descrição composta de cada cidadão do reino de Deus. Estas qualidades são tão entrelaçadas num tecido espiritual que são inseparáveis. Possuir uma é possuir todas e não ter uma é não ter nenhuma. E como todos os cristãos têm que possuir todas estas qualidades de vida no reino, eles estão também destinados a receber todas as suas bênçãos; bênçãos que, como suas qualidades, são apenas componentes de um prêmio; um corpo chamado em uma só esperança (Efésios 4:4).

Em suma, então, as bem-aventuranças não contêm uma promessa de bênção sobre os homens em seu estado natural (todos os homens choram, mas certamente nem todos serão consolados, 5:4) nem de fato oferecem esperança àqueles que parecem cair numa categoria ou noutra. Elas são um quadro composto do que cada cidadão do reino, não somente uns poucos super-discípulos, têm que ser. Elas marcam a diferença radical entre o reino do céu e o mundo dos outros homens. O filho do reino é diferente naquilo que ele admira e valoriza, diferente naquilo que ele pensa e sente, diferente naquilo que ele procura e faz. É claro que, antes, jamais houve um reino como este.

Um reino para os pecadores e os humildes

Tem havido muitas abordagens do conteúdo específico das bem-aventuranças. Muitos sentem que há uma progressão de pensamento evoluindo através delas, que começa com uma nova atitude para consigo mesmo e para com Deus, passa a uma nova atitude para com os outros, e culmina com a reação do mundo a esta mudança radical. Há certo mérito nesta análise e, se tal esquema nítido coincide ou não com a ordem real das bem-aventuranças, as idéias certamente estão ali. Para uma sociedade governada por algumas concepções errôneas sérias do reino de Deus, as bem-aventuranças fazem duas afirmações básicas. Primeiro, que o reino não está aberto aos que se julgam virtuosos e aos presunçosos, mas ao pecador suplicante e vazio que chega procurando por ele. Segundo, que o reino não é para o "poderoso" que obtem o que deseja pela riqueza ou pela violência, mas para uma companhia de homens pacientes, que abrem mão, não somente de suas vontades, mas até dos seus "direitos", em prol das necessidades dos outros.

Ainda que não explicitamente declarado (Jesus não haveria de falar claramente de sua morte até um ano mais tarde, Mateus 16:21), não há nada mais óbvio no seu sermão do que a verdade central do evangelho que a salvação é pela graça de Deus. Aqui o pré-milenarista está palpavelmente errado. Como poderiam homens e mulheres tão famintos de justiça (5:6) e tão necessitados de misericórdia (5:7) encontrar lugar num reino governado por um sistema só de lei? E quem poderia imaginar que cidadãos do reino terrestre imaginado pelos pré-milenaristas haveriam de sofrer perseguição (5:10-12)? A justiça do reino não repousa num sistema de lei, mas sobre um sistema de graça. Seus santos padrões são atingíveis pelos homens pecadores (5:48). De outra maneira, o Sermão da Montanha haveria de ser fonte de maior desespero do que a lei de Moisés (Romanos 7:25).

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O Evangelho do Reino

9/28/2013

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1. Introdução

George Bernard Shaw, certa vez, descreveu o Sermão da Montanha como "uma explosão impraticável de anarquismo e de sentimentalismo". O filósofo alemão Friedrich Nietzsche tratou-o ainda menos benignamente, quando escreveu que "a moralidade cristã é a mais maligna forma de toda a falsidade" (Ecce Homo). Em 1929, o humanista John Herman Randall estava disposto a reconhecer que Jesus era "verdadeiramente um grande gênio moral" mas ao mesmo tempo estranhava como um carpinteiro galileu pudesse ter enunciado a última palavra em ética humana (A Religião no Mundo Moderno). Porém, muitas outras pessoas têm apreciado este sermão com grande reverência, até mesmo quando não o conheceram nem o entenderam muito bem. Pode-se dizer, com segurança, que o Sermão da Montanha é o mais conhecido, menos entendido e menos praticado de todos os ensinamentos de Jesus.

A mente moderna, tanto religiosa como irreligiosa, tem tratado este sermão das maneiras mais variadas. Como antes notado, alguns o rejeitaram como totalmente impraticável ou positivamente mau. Outros o aceitaram, mas com reservas significativas. O humanismo, na sua forma mais benevolente, viu-o como um código moral notável, mas experimental, totalmente separado da cruz ou de um Cristo divino. O liberalismo religioso o vê mais como um projeto para reconstrução social do que para conversão pessoal. Albert Schweitzer o explicava como uma ética especial, para uma época especial, baseada na crença equivocada de Jesus de que o fim de todos os tempos estava para acontecer.

Entre os conservadores religiosos, muitos pré-milenaristas o vêem como mais uma "lei", inconsistente com uma era de graça, e de aplicação impossível num mundo pecaminoso. Eles esperam o seu cumprimento em um "reino milenial". A grande parte do protestantismo evangélico tem separado a vida em duas arenas, uma pessoal, e outra social. Para eles, a ética do Sermão da Montanha é destinada a conduzir somente os relacionamentos pessoais. Eles consideram impossível aplicar os preceitos deste sermão aos negócios e ao governo.

Tudo isto é para dizer que temos operado uma maravilha em nossos tempos ao tomarmos o documento mais revolucionário da História e transformá-lo em algo manso e inconseqüente. A palavra de Deus tem sido severamente embotada. O evangelho tem sido aparado para ajustar-se ao estilo de vida dos homens indisciplinados e indulgentes.

Há um sentido verdadeiro em que temos retornado ao ponto de partida. O Sermão da Montanha foi primeiro dirigido a um mundo no qual os fariseus tinham conseguido drenar a vida e o significado da lei de Moisés. Vivemos num mundo que transformou o evangelho em pouco mais do que civilidade do século vinte. Por esta razão, é da maior urgência que olhemos freqüente e cuidadosamente para o sermão do Filho de Deus que, talvez, mais do que qualquer outro, define a própria essência do reino do céu. Aqui, se ouvirmos humildemente, nossas vidas poderão ser transformadas, nossos espíritos revigorados e nossas almas salvas.

"O Evangelho do Reino"

O ponto de vista do Novo Testamento sobre o sermão é mais bem entendido na introdução que lhe fez Mateus. O Sermão da Montanha é "o evangelho do reino" (Mateus 4:23). Isto deveria servir para esclarecer duas coisas: Primeiro, que ele não é meramente a exposição da lei e, segundo, que suas bênçãos e princípios éticos não são atingíveis pelos não convertidos. Este é um sermão para os cidadãos do reino. A salvação, e não a reconstrução social, é seu alvo e os homens de sabedoria mundana estão destinados a jamais entendê-lo.

O relato de Lucas (Lucas 6:12-49) coloca o sermão no segundo ano da pregação pública do Senhor, no auge de sua popularidade, uma popularidade em que ele nunca confiou (João 2:23-25) e que se verificou ser de pouca duração (João 6:66). Aqueles tempos parecem ter sido caracterizados por um grande entusiasmo religioso, que era tanto desorientado como superficial.

O Sermão da Montanha permanece como uma explanação da verdadeira natureza do reino de Deus. É um sermão proferido na História e serve para responder às questões que, naturalmente, seriam levantadas pelo anúncio em Israel do iminente aparecimento do reino (Mateus 3:1; 4:17). Mais ainda, o caráter totalmente inesperado do pregador e o acirrado conflito entre Jesus e os fariseus estavam para provocar ainda maior preocupação entre aqueles que primeiro ouviram o grito: "Está próximo o reino dos céus!"

O discurso de Jesus na encosta de um monte galileu não é, na realidade, um mero sermão. Ele mais se aproxima de um manifesto do reino de Deus. Há mais ensinamento de Jesus do que este, mas aqui sentimos a verdadeira essência da verdade do reino; e o negligenciaremos com nosso próprio risco. Porque ele trata de atitudes, o sermão permanece na entrada do reino de Deus tanto quanto em seus mais exaltados planos. Ele não é somente carne para os maduros mas um desafio àquele que faz sua primeira aproximação ao domínio e à justiça do céu.

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O sermão da montanha

9/28/2013

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O  SERMÃO

DA

MONTANHA

Pr. AFONSO

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O que quer dizer: "Encher a medida dos pecados"?

9/27/2013

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Quando Paulo escreveu à igreja de Tessalônica, ele comentou sobre as pessoas que perseguiam Jesus e seus discípulos, e disse que estavam "enchendo sempre a medida de seus pecados" (1 Tessalonicenses 2:16). Compreendendo o sentido dessa frase, entenderemos melhor o juízo de Deus.

Linguagem semelhante aparece algumas outras vezes na Bíblia. Em Gênesis 15, Deus prometeu que os descendentes de Abrão, depois de servir como escravos num outro país, tomariam posse da terra de Canaã. A promessa não seria cumprida antes "porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus" (Gênesis 15:16). Deus já viu o pecado desse povo, mas estava esperando mais alguns séculos antes de trazer o castigo contra ele. Ele sabia que a maldade do povo ultrapassaria o limite de sua paciência. Deus é longânimo, mas não inocenta o culpado (Êxodo 34:6-7).

Quando Jesus censurou os fariseus, ele comparou a iniqüidade deles com a rebeldia dos judeus do passado. Enquanto os fariseus se identificavam com os profetas, Jesus os comparou com os assassinos dos profetas. Ele disse: "Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas. Enchei, pois, a medida de vossos pais" (Mateus 23:31-32). No contexto, não há dúvida que Jesus está lhes advertindo sobre o juízo vindouro. Desde capítulo 21 até ao capítulo 25, ele enfrentou a hipocrisia dos líderes judeus com desafios diretos, profecias e parábolas que nitidamente atacaram os pecados desses homens e avisaram sobre o castigo futuro. Encher a medida dos pais é a mesma coisa de continuar na rebeldia até que chegue o julgamento.

É no mesmo sentido que Paulo falou dos perseguidores que estavam "enchendo sempre a medida de seus pecados" (1 Tessalonicenses 2:16). Deus viu o pecado deles contra Cristo, contra os cristãos e contra as pessoas do mundo que necessitavam do evangelho, e resolveu trazer sua ira sobre esses inimigos. Em Apocalipse 6:9-11, Deus respondeu à súplica dos mártires com a promessa de trazer a vingança depois de pouco tempo.

Os homens facilmente se enganam, achando que a demora no castigo mostra que Deus não pretende punir os pecadores. Ele é longânimo, mas quando os homens enchem a medida dos pecados, ele os castigará (Leia 2 Pedro 3:1-18).

-Pr. Afonso

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A Bíblia proíbe o uso de jóias?

9/26/2013

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Paulo disse: "Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)" (1 Timóteo 2:9-10).
 
Pedro acrescentou: "Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus" (1 Pedro 3:3-5).

Algumas igrejas, citando esses versículos, proíbem o uso de jóias. Outras defendem tal prática, mas sem explicar biblicamente como justificar seu uso. Se esses versículos proíbem o uso de jóias, nenhuma cristã deve usá-las. Se a mulher as usar, ela deve saber como explicar as instruções reveladas por Paulo e Pedro.

Para entender essas passagens, temos que, primeiro, examinar a gramática. Ambas usam uma construção de contraste que serve para enfatizar que uma coisa é importante e a outra de menos valor. Observe que eles dizem que a mulher não deve praticar uma coisa, mas (ou porém) deve agir de outra maneira. Esta construção é usada, às vezes, para definir prioridades, e não para impor uma proibição absoluta. Considere um outro exemplo claro: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna" (João 6:27). Aqui, sabemos que ele não está proibindo o trabalho para se sustentar. De fato, tal trabalho é exigido pelo Senhor (2 Tessalonicenses 3:10,12; Efésios 4:28). É questão de prioridade, não de proibição.

O segundo passo para entender as instruções de Paulo e Pedro é examinar o resto do argumento no contexto. Os dois citam mulheres do Velho Testamento como exemplos. Quando estudamos as práticas de tais mulheres santas, aprendemos que o uso de jóias e boas roupas era uma coisa comum (veja Gênesis 24:22,30,53; Isaías 61:10; Provérbios 1:9; 31:22).

Mas, o uso de jóias ou de roupas finas não é o ponto principal na vida de nenhuma delas. Eram conhecidas como mulheres santas por causa do caráter espiritual e o espírito submisso e humilde. Uma mulher dessas nunca usaria jóias excessivas, nem usaria uma roupa que mostra o corpo de uma maneira sensual. Por quê? Porque ela é santa!

Pr. Afonso



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Por quanto tempo Jesus ficou no túmulo?

9/25/2013

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Respondendo ao pedido dos escribas e fariseus, Jesus disse: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra” (Mateus 12:40). Esta afirmação tem sido a base para várias conclusões contraditórias. Alguns criam uma cronologia diferente, negando o significado de passagens que dizem que Jesus foi crucificado na “véspera do sábado” (Marcos 15:42; cf. Lucas 23:54) e que foi ressuscitado cedinho no primeiro dia da semana (Mateus 28:1-6), que era o terceiro dia (1 Coríntios 15:4). Outros usam esta dificuldade para dizer que a Bíblia não é confiável, que ela se contradiz.

A Bíblia foi escrita principalmente em hebraico e grego, e estes idiomas, como outros, usam suas próprias maneiras de se expressar, inclusive diversas expressões idiomáticas. Jamais forçaríamos uma interpretação literal de expressões comuns como “pisar em ovos”, “perna-de-pau” ou “bater na mesma tecla”.

As línguas antigas também tinham suas expressões próprias – palavras ou frases figuradas ou idiomáticas. Um exemplo disto é a contagem de tempo pelos judeus. O Rabi Eleazar bar Azaria (100 d.C.) explicou: “um dia e uma noite fazem um ‘iona’ (24 horas), mas um ‘iona’ começado, vale um ‘iona’ inteiro”. Entendendo esta maneira de se expressar, compreendemos que um período que inclui parte da sexta-feira, o sábado inteiro e parte do domingo poderia ser descrito como “três dias e três noites”.

Há vários exemplos na Bíblia onde parte de um dia é contada como se fosse um dia inteiro. Ester falou que ia falar com o rei depois dos judeus jejuarem por três dias, e ela entrou na presença do rei “ao terceiro dia”, e não ao quarto dia, que seria literalmente depois dos três dias de jejum (Ester 4:16; 5:1). Roboão mandou que Jeroboão voltasse a ele “após três dias”, e Jeroboão obedeceu quando voltou “ao terceiro dia” (2 Crônicas 10:5,12).

Jesus falou que ressuscitaria “no terceiro dia” (Mateus 16:21; 17:23; 20:19), ou “depois de três dias” (Marcos 8:31; 10:34). Até os inimigos de Jesus entenderam o significado das profecias sobre a ressurreição. Para eles, “depois de três dias” significava “ao terceiro dia” (Mateus 27:63-64).

Quando juntamos todas as evidências, podemos entender que Jesus ressuscitou no terceiro dia, cumprindo perfeitamente as profecias sobre sua morte, sepultamento e ressurreição.

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Deus pode usar pessoas com falhas para cumprir seus planos?

9/24/2013

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Deus pode usar pessoas com falhas para cumprir seus planos?

Se é bem-sucedido, obviamente vem de Deus. Certo? Se traz benefício espiritual, não resta dúvida! É assim que muitas pessoas julgam pessoas e obras dos homens, imaginando que o fim justifique o meio, e até prove a aprovação de Deus das pessoas usadas para o bem dos outros. Deus pode usar pessoas com falhas para cumprir seus planos? Ele pode permitir que alguém sirva para ajudar outros, e ainda reprovar aquele mensageiro?

As aplicações deste raciocínio são muitas. Alguns justificam o adultério porque Davi era homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Outros defendem práticas erradas nas igrejas (mulheres pregando, todo tipo de show musical, atividades de entretenimento, apelos materialistas, etc.) porque servem para encaminhar algumas pessoas para Cristo. Num mundo de marketing e comércio, não deve nos surpreender que o “lucro” no final da folha de balanço se torne o único medidor importante.

Mas o estudo da palavra deixa bem claro que o julgamento de Deus é outro. Ele frequentemente usa pessoas com falhas, e até atos errados destas pessoas, para cumprir seus planos. Jamais devemos distorcer este fato para justificar o erro. Considere:

Perez era filho de Judá e Tamar, e se tornou antepassado de Jesus (Mateus 1:3). Mas a relação deles envolvia promessas quebradas, engano e prostituição (veja Gênesis 38). Deus usou estas pessoas, mas não aprovou os pecados delas. A genealogia de Deus inclui adúlteros, assassinos, idólatras, etc. Deus usou pessoas com falhas para trazer Jesus ao mundo!

Deus pode usar o pecado do homem para cumprir seus planos, mas isso não justifica o erro. Os irmãos de José pecaram nas suas más intenções, mas Deus usou o erro deles para salvar uma nação (Gênesis 50:20). Judas pecou, mas Deus usou sua traição para um fim proveitoso (Mateus 26:24).Os judeus mataram Jesus, mas Deus usou este pecado para cumprir seus planos (Atos 3:13-19).

Se refletir um pouco, perceberá que Deus constantemente usa pessoas com falhas para cumprir seus propósitos, porque ele trabalha por meio de pessoas imperfeitas – como você e eu! Ele escolheu sacerdotes imperfeitos (Hebreus 7:23,27), apóstolos imperfeitos (2 Coríntios 4:7; Gálatas 2:11; Filipenses 3:12), etc.

O fato de alguém servir para pregar a verdade aos outros não significa que a própria pessoa necessariamente chegará ao céu (1 Coríntios 9:27). Cada um será julgado pelo reto Juiz (2 Coríntios 5:10; João 12:48).

Pr. Afonso

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É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus. Porquê?

9/23/2013

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Jesus disse: “E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mateus 19:24). Este comentário apresenta desafios de, pelo menos, quatro tipos:  

(1) A tentação de aceitar explicações convenientes inventadas por homens. Durante muito tempo, tem se circulado algumas explicações para tornar possível o que Jesus disse. Alguns têm dito que a palavra certa não seria camelo e sim, cabo. Outra explicação mais difundida é que o fundo da agulha se refere a um portão baixo que supostamente existia em Jerusalém, pelo qual os camelos passavam de joelhos. Mas as evidências para estas explicações são muito fracas. Não devemos nos perder com explicações forçadas e inventadas.  

(2) O problema com interpretações literais de linguagem figurada. Muitas coisas na Bíblia são literais, e normalmente aceitamos as palavras exatamente como foram dadas. Mas, Deus também usa linguagem figurada, e corremos o risco de errar em não compreendê-la. Jesus criticou seus discípulos por não compreenderem linguagem figurada (Mateus 16:6-12). Muitas pessoas erram por não reconhecer o sentido figurado de referências a 144.000 selados (Apocalipse 7:4; 14:3). Erramos, também, quando não reconhecemos o uso de hipérbole, linguagem intencionalmente exagerada para enfatizar um ponto. Não podemos tratar hipérbole como linguagem literal sem cair em contradição. Por exemplo, as avaliações de Ezequias (2 Reis 18:5) e Josias (2 Reis 23:25) seriam contraditórias se a linguagem fosse literal. E a promessa a Abraão sobre descendentes tão numerosos como as estrelas e a areia do mar (Gênesis 22:17) não pode ser tratada como uma afirmação literal. O comentário de Jesus sobre o camelo e a agulha é mais  um exemplo de exagero proposital.  

(3) O perigo de interpretar um versículo de uma maneira que contradiga outros ensinamentos bíblicos. Outros trechos esclarecem o sentido. A dificuldade das riquezas vem nas prioridades (Mateus 6:19-21,24; Colossenses 3:1-5) e na confiança (Mateus 6:25-33; 1 Timóteo 6:17-19), não apenas na questão de possuí-las.  

(4) O desafio principal das palavras de Jesus: o perigo de buscar ou confiar em riquezas. Talvez o maior perigo de todos seja o erro de não prestar atenção na lição que Jesus ensinou. Tantas pessoas buscam prosperidade, e tantos pastores incentivam estes desejos. Mas Jesus avisa que muitos perderão as suas almas por causa do dinheiro. Quer se tornar rico? Cuidado! Você está entrando numa área de grande perigo!  

Pr. Afonso

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Os apóstolos aguardavam a volta do Senhor nos seus dias?

9/22/2013

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Alguns trechos do Novo Testamento parecem sugerir que Jesus já voltaria naquela época. Paulo, por exemplo, disse: "Nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem" (1 Tessalonicenses 4:15). Pedro afirmou: "Ora, o fim de todas as coisas está próximo" (1 Pedro 4:7). Quase 2.000 anos já se passaram, e Jesus ainda não voltou. Sabemos que não devemos temer o profeta cuja palavra não se cumpre (Deuteronômio 18:21-22). Daí vem a pergunta: os apóstolos se tornaram falsos profetas?

Antes de descartar a autoridade da palavra apostólica, precisamos examinar bem vários fatos:

Jesus disse, e os apóstolos relataram, que o dia da volta dele pertence exclusivamente ao Pai (Mateus 24:36,42,44,50; etc.)

A linguagem de profecia na Bíblia, às vezes, apresenta eventos futuros no presente ou no passado para certificá-los, e não necessariamente para mostrar o tempo de seus cumprimentos. Salmo 2:6, por exemplo, fala sobre a coroação de Cristo como Rei em Sião como já feita, mas Davi escreveu este salmo 1.000 anos antes do cumprimento da profecia.

Embora Paulo tenha se colocado entre os vivos, esperando a volta de Cristo (1 Tessalonicenses 4:15), em outro lugar, ele se incluiu entre aqueles que seriam ressuscitados (2 Coríntios 4:14). Em nenhum desses trechos, devemos entender que o apóstolo esteja predizendo a iminência ou a distância da vinda de Jesus, nem que esteja comentando sobre o seu próprio estado no Dia do Senhor. Ele está confortando os fiéis ao afirmar que Deus não esquecerá de ninguém.

O próprio Paulo corrigiu as pessoas que anunciaram a vinda imediata do Senhor (2 Tessalonicenses 2:1-6).

No contexto em que escreveu sobre o fim de todas as coisas, Pedro falou também do tempo que restou para seus próprios leitores (1 Pedro 4:2). Para cada um deles, como para cada um de nós, o fim não tardaria (veja Romanos 13:11). Alguns interpretam 1 Pedro 4:7 em relação à destruição de Jerusalém (70 d.C.), mas não temos espaço suficiente aqui para examinar essa possibilidade.

O próprio Pedro disse que Deus não falhou na sua promessa, mesmo se alguns achem demorada a volta de Jesus. Ele usou a mesma linguagem empregada pelo Senhor (veja as citações de Mateus 24 acima) para mostrar que ninguém seria capaz de predizer o dia. Pedro entendeu muito bem que Deus não se limita ao cronograma dos homens (2 Pedro 3:8-13).

Tanto Paulo como Pedro esperavam pelas próprias mortes, confiando na futura vinda de Jesus (2 Timóteo 4:6-8; 2 Pedro 1:13-15).

Considerando todos esses fatos, podemos manter a nossa confiança na veracidade da palavra apostólica. As profecias sobre a segunda vinda de Jesus não foram cumpridas no primeiro século, e ainda não se realizaram até o início do século XXI. As palavras reveladas pelos apóstolos são confiáveis (Hebreus 2:1-4), e as promessas de Deus seguras (2 Pedro 3:9).

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    Pastor Afonso

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