Pastor Afonso Responde!
  • Início
  • Textos
  • Curso Bíblicos
  • O que a Bíblia diz
  • Audios & Vídeos
  • Apoio
  • Mensagem do dia
  • Loja Virtual

AS PRIMEIRAS PALAVRAS

6/29/2015

0 Comments

 
Acaso não foi caminhando da infância até aqui que cheguei à puerícia? Ou melhor, esta
veio a mim e suplantou à infância sem que esta fosse embora, pois, para onde poderia ir?
Contudo deixou de existir, porque eu já não era um bebezinho que não falava, mas um menino
que aprendia a falar. Disso me recordo; mas como aprendi a falar, só mais tarde é que vim a
perceber. Não mo ensinaram os mais velhos apresentando-me as palavras com certa ordem e
método, como logo depois fizeram com as letras; mas foi por mim mesmo, com o entendimento
que me deste, meu Deus, quando queria manifestar meus sentimentos com gemidos, gritinhos, e
vários movimentos do corpo, a fim de que atendessem meus desejos; e também ao ver que não
podia exteriorizar tudo o que queria, nem ser compreendido por todos aqueles a quem me dirigia.
Assim, pois, quando chamavam alguma coisa pelo nome, eu a retinha na memória e, ao se
pronunciar de novo a tal palavra, moviam o corpo na direção do objeto, eu entendia e notava que
aquele objeto era o denominado com a palavra que pronunciavam, porque assim o chamavam
quando o desejavam mostrar.
Que esta fosse sua intenção, era-me revelado pelos movimentos do corpo, que são como
uma linguagem universal, feita com a expressão rosto, a atitude dos membros e o tom da voz, que
indicam os afetos da alma para pedir, reter, rejeitar ou evitar alguma coisa. Deste modo, das
palavras usadas nas e colocadas em várias frases e ouvidas repetidas vezes, ia eu aos poucos
notando o significado e, domada a dificuldade de minha boca, comecei a dar a entender minhas
vontades por meio delas.
Foi assim que comecei a comunicar meus desejos às pessoas entre as quais vivia, e entrei
a fazer parte do tempestuoso mundo da sociedade, dependendo da autoridade de meus pais e
obedecendo às pessoas mais velhas.

Agostinho de Hipona "Confissões" Capítulo 8
0 Comments

A PALAVRA DE DEUS: LEIA! ESTUDE! MEMORIZE!

6/27/2015

0 Comments

 
A Bíblia é a Palavra inspirada de Deus; é a única fonte conclusiva de sabedoria, conhecimento e compreensão em relação às realidades definitivas. Trata de uma nascente de libertação da Verdade (João 8.32) e uma mina de ouro de princípios práticos (Salmos 19.10), esperando libertar ou enriquecer o eleito que possuirá sua verdade e riqueza. Portanto, a instrução de Paulo "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade" (2 Timóteo 2.15) foi aplicada por vários cristãos através dos séculos como uma orientação ao estudo da Palavra de Deus. A única maneira de se alcançar uma vida saudável e balanceada é mediante o "manejar bem" (grego orthotomounta,literal "cortar direto") da Palavra de Deus. Tal aplicação correta e direta da Palavra de Deus é resultado de um estudo diligente. O texto nos chama para além das abordagens casuais às Escrituras, nos dizendo para recusar a adaptar a Bíblia à nossa própria conveniência ou ideologia.
Em suas palavras anteriores (1 Timóteo 4.13), Paulo também disse a Timóteo "Persiste em ler (a Palavra de Deus)", mas agora enfatiza o estudo como um "trabalhador" (do grego ergon, "labuta, esforço"). Salmos 119.11 estimula a memorização da Palavra de Deus como um forte impedimento contra o pecado. Memorizar a Escritura também nos fornece a disponibilidade imediata das "Palavras" de Deus como uma espada, pronta para testemunhar e agir em um conflito espiritual.

Pr. Afonso 
0 Comments

O SANGUE DA ALIANÇA

6/26/2015

0 Comments

 
Desde o jardim do Éden até o jardim do Paraíso Celestial, o sangue do sacrifício é o testemunho constante da Graça de Deus. Assim como o ser humano caído em pecado foi vestido com peles de animais sacrificados pelo próprio Deus para este objetivo (Gênesis 3.21), assim também o Sangue do Cordeiro foi derramado para vestir com justiça de Deus cada indivíduo eleito. Esse é o cântico daqueles que recebem essa aliança de Deus "pelo sacrifício". Assim Deus atrairá para si mesmo aqueles com quem fez um concerto com sacrifícios (Salmos 50.5) e para sempre entoarão a canção dos redimidos: "Aquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados" (Apocalipse 1.5). 

Pr. Afonso
0 Comments

NEM SÓ DE PÃO VIVERÁ O HOMEM

6/22/2015

0 Comments

 
Picture
0 Comments

DISCURSO PRONUNCIADO NA DIETA DE WORMS POR MARTINHO LUTERO (1521)

6/21/2015

0 Comments

 
Jesus.
Excelentíssimo senhor imperador, mui ilustres príncipes, mui graciosos senhores: 

Compareço pontual e obediente, à hora que me determinou ontem à tarde, e suplico a vossa graciosíssima majestade e aos ilustríssimos príncipes e senhores que, pela misericórdia de Deus, se dignem atender com clemência esta minha causa, que espero seja a causa da justiça e da verdade. E se por minha inexperiência me dirijo a alguém de forma incorreta, ou de alguma maneira me comportar contra os usos e costumes da corte, rogo que me desculpem com benevolência, porque não tenho vivido na corte, mas no isolamento do monastério, e a única coisa que posso dizer é que até hoje minhas únicas preocupações tem sido, tanto em minha docência como em meus escritos, a glória de Deus e a instrução dos fiéis de coração humilde.

Excelentíssimo imperador, ilustres príncipes: vossa sereníssima majestade me levantou ontem duas questões: se reconhecia como meus os livros que se multiplicam e tem sido publicados em meu nome, e se estava disposto a seguir os defendendo ou negá-los.

Sobre o primeiro ponto minha resposta é simples; sem dúvida, me mantenho com ela e seguirei mantendo-a sempre: se trata de livros meus, que foram publicados em meu próprio nome, mas sempre com as possíveis mudanças e interpretações mal feitas que devem ser atribuídas à astúcia ou a importuna sabedoria de meus adversários. Em todo caso, reconheço somente o que é meu e o que por mim foi escrito; mas não as interpretações de meus adversários.

Quanto à segunda questão, suplico à vossa serene majestade, se digne levar em conta que meus livros não são todos da mesma classe.

Há um primeiro grupo de escritos nos quais trato da fé e costumes de uma maneira tão simples e evangélica, que até meus adversários se veem obrigados a reconhecerem sua utilidade e sua inocuidade, e que são dignos de ser lidos por um cristão. A mesma bula do papa, por mais implacável e cruel que seja,[1] admite que alguns destes livros são inofensivos, embora, por um juízo estranho, os haja condenado. O que aconteceria se eu decidisse retratá-los? Seria o único dos mortais que condenaria a verdade que amigos e inimigos confessam de comum acordo, o único em resistir à unanimidade desta confissão.

Outra categoria de escritos é a que ataca o papado e as empresas de seus seguidores, posto que sua péssima doutrina e exemplo tem arrastado a toda a cristandade para a destruição espiritual e corporal. Porque todo o mundo tem a experiência, testemunhada pelo general descontente, de que as leis dos papas e suas doutrinas humanas tem escravizado miseravelmente as consciências dos fiéis, as tem atormentado e torturado; que a incrível tirania tem devorado os bens e os recursos, e os segue devorando de forma insultante cada vez mais sobre todos em nossa nobre nação alemã. Além disso, seus próprios decretos (por exemplo, Dist. 9, 25, quaest. 1 e 2) apresentam como errôneas e inválidas as leis papais que estão em contradição com o ensinamento do evangelho e dos pais da igrejas.[2] Se eu retratasse também estes livros, não faria mais do que fortificar sua tirania e abrir de par em par a tão grande impiedade não somente uma pequena janela, mas também todas as portas, para que aquela entrasse de forma mais ampla bem como a comodidade que jamais até agora teve. Minha retratação seria o melhor favor concedido a sua ilimitada e desavergonhada malícia, e daria vigor e estabilidade a este senhorio cada vez mais intolerável para o miserável povo, e mais se anuncia que fiz tudo isto por ordem de vossa serena majestade e de todo o império romano. Grande Deus, que estupenda ocasião serviria para encobrir a malícia e a tirania!

A terceira categoria é a constituída pelos livros que escrevi para certas pessoas particulares, empenhadas em amparar a tirania romana e em destruir meus ensinamentos sobre a fé. Confesso que contra esta gente tenho me comportado mais duramente do que convém a um homem que tem professado a uma religião. Tenho que acrescentar que não me considero um santo; não se trata aqui de discutir sobre minha vida, mas sobre o que se ensina sobre Jesus Cristo. Menos ainda que os anteriores me está permitido retratar estes escritos, porque, se o fizesse, serviria de reivindicação para que a tirania e a impiedade reinassem e se desencadeassem contra o povo de Deus com maior violência que antes.

Considerando que sou homem e não Deus, não me é lícito defender meus escritos mas a maneira em que Jesus Cristo meu Senhor defendeu seus ensinamentos diante de Anás quando este lhe interrogava e um soldado lhe deu uma bofetada: “Se tem falado mal, lhe digo, mostre-me em que”.[3] Se o próprio Senhor, que tinha certeza de sua inerrância, não se recusou ao menos escutar a contestação de seu ensinamento, ainda que fosse por parte do mais humilde dos soldados, com quanta maior razão eu, escória da plebe, constantemente exposto ao erro, devo desejar suplicar que se conteste minha doutrina. Por este motivo, rogo a vossa serena majestade, a vós outros, ilustres senhores e a todos os que possam fazê-lo, tanto o maior como o menor, pela misericórdia de Deus, que me provem e me convençam de meus erros, que se refute a base dos escritos proféticos e evangélicos. Se concluir-se que devo instruir-me melhor, nada melhor disposto que eu retratar qualquer erro, seja o que for, eu seria o primeiro a lançar meus escritos nas chamas.

O que acabo de dizer evidencia que tenho considerado e ponderado suficientemente as urgências, perigos, inquietudes e dissenções que surgiram no mundo por ocasião de meus ensinamentos, como me censurou ontem com energia e gravidade. O que mais me alegra em tudo isto é contrastar que por causa da palavra de Deus nascem paixões e dissenções, porque este é o caminho, a maneira e o acontecimento que segue a palavra de Deus sobre a terra conforme a afirmação de Cristo: “Não vim para trazer paz, digo, mas a guerra; eu vim para separar o filho do pai, etc.”[4] É necessário que nos despertemos para o quão admirável e terrível é nosso Deus em seus juízos, para que o anseio de apaziguar os distúrbios não comece por rejeitar a palavra de Deus, nem venha a ser que este intento nos atraia um dilúvio de desgraças insuportáveis. Devemos vigiar para que o reinado de nosso jovem e privilegiado príncipe Carlos (em quem, depois de Deus, se depositam tão grandes esperanças) não seja desgraçado e se inaugure com auspícios funestos.[5]

Poderia respaldar tudo isto com numerosos exemplos das Escrituras Sagradas que se referem ao Faraó, ao rei de Babilônia e aos reis de Israel, personagens que conheceram os maiores desastres precisamente quando seus sábios desígnios se ordenavam a estabelecer a paz e afirmar seus reinados. “Porque é ele quem surpreende aos sábios em sua sabedoria e transporta as montanhas sem que se apercebam disso”.[6] É preciso, pois, temer a Deus. Se falo estas coisas, não é porque creio que em elevadas cúpulas tenham necessidade de meus ensinamentos e advertências, mas não posso subtrair da minha Alemanha o serviço a que estou obrigado.

E com estas palavras me recomendo a vossa serena majestade e a vossos senhores, suplicando humildemente que não permitam que as paixões de meus adversários me façam injustamente detestável diante de vós.

Eu disse.

(Depois que eu falei desta forma, o arauto imperial me quis repreender com dureza. Disse que não me havia inserido no assunto e que não era possível voltar a discutir ponto que já haviam sido condenados e definidos pelos concílios. Me obrigou então uma resposta simples e sem sutilezas; “Queria retratar-me ou não?” Tenho aqui o que então respondi).

Posto que vossa graciosa majestade e vossos senhores me pedem uma resposta, então a darei “sem chifres ou dentes”:[7] A menos que se me convença por testemunho da Escritura ou por razões evidentes – posto que não creio no papa nem nos concílios somente, já que está claro que eles tem se equivocado com frequência e tem se contradito entre eles mesmos -, estou acorrentado pelos textos escriturísticos que tenho citado e minha consciência é uma escrava da palavra de Deus. Não posso nem quero retratar-me em nada, porque não é seguro nem honesto atuar contra a própria consciência. Que Deus me ajude. Amém.[8]


NOTAS:
[1] A bula Exsurge, Domine (15 de junho 1520), que condenava 41 pontos da doutrina de Lutero. Mesclando capítulos heréticos com os que não eram, escrita por inspiração de inimigos de Lutero, não duvidemos que no documento escapa a condenação da tese básica da justificação pela fé somente.
[2] Se refere ao Decreto de Graciano (século XII), praticamente o corpo jurídico da igreja durante muito tempo.
[3] João 18, 23.
[4] Mt 10, 34 ss.
[5] A coroação imperial de Carlos V havia tido lugar em Aquisgrán meio ano antes, 23 de outubro de 1520.
[6] Jó 5, 13; 9, 5.
[7] “Sem chifres ou dentes”: coro escolástico para expressar uma sentença clara, simples e com um só sentido.
[8] A conclusão do histórico discurso de Lutero tem desencadeado discussões incontáveis. Até mesmo a edição de Weimar termina com as frases: “Ich kann nicht anders, hier stehe ich. Gott helfe mir, amen” (Não posso atuar de outra maneira, aqui estou. Que Deus me ajude, amém). Hoje se admite como a única versão autêntica a usada em nosso texto, muito mais provável e em conformidade com os testemunhos, mesmo que o atemorizado Lutero despoje algo de seu caráter de herói e de mártir. O acréscimo apócrifo, que não recolhem os testemunhos oculares, nem sequer Cochleo, começou pronto a executar como pronunciado por Lutero desde a edição do texto (em latim e alemão) por Gruneberg, Wittenberg. Já insistiu nele K. Muller, Luthers Schlusswort in Worms 1521, em Philotesia. Festschrift fur P. Kleinert, Berlin 1907, 269-289.


Extraído de Teófanes Egido, org., Lutero – Obras (Salamanca, Ediciones Síguime, 4ª ed., 2006), pp. 171-175.
0 Comments

AS PRIMEIRAS PALAVRAS

6/15/2015

0 Comments

 
Imagem
Imagem
Acaso não foi caminhando da infância até aqui que cheguei à puerícia? Ou melhor, esta
veio a mim e suplantou à infância sem que esta fosse embora, pois, para onde poderia ir?
Contudo deixou de existir, porque eu já não era um bebezinho que não falava, mas um menino
que aprendia a falar. Disso me recordo; mas como aprendi a falar, só mais tarde é que vim a
perceber. Não mo ensinaram os mais velhos apresentando-me as palavras com certa ordem e
método, como logo depois fizeram com as letras; mas foi por mim mesmo, com o entendimento
que me deste, meu Deus, quando queria manifestar meus sentimentos com gemidos, gritinhos, e
vários movimentos do corpo, a fim de que atendessem meus desejos; e também ao ver que não
podia exteriorizar tudo o que queria, nem ser compreendido por todos aqueles a quem me dirigia.
Assim, pois, quando chamavam alguma coisa pelo nome, eu a retinha na memória e, ao se
pronunciar de novo a tal palavra, moviam o corpo na direção do objeto, eu entendia e notava que
aquele objeto era o denominado com a palavra que pronunciavam, porque assim o chamavam
quando o desejavam mostrar.
Que esta fosse sua intenção, era-me revelado pelos movimentos do corpo, que são como
uma linguagem universal, feita com a expressão rosto, a atitude dos membros e o tom da voz, que
indicam os afetos da alma para pedir, reter, rejeitar ou evitar alguma coisa. Deste modo, das
palavras usadas nas e colocadas em várias frases e ouvidas repetidas vezes, ia eu aos poucos
notando o significado e, domada a dificuldade de minha boca, comecei a dar a entender minhas
vontades por meio delas.
Foi assim que comecei a comunicar meus desejos às pessoas entre as quais vivia, e entrei
a fazer parte do tempestuoso mundo da sociedade, dependendo da autoridade de meus pais e
obedecendo às pessoas mais velhas.

Agostinho de Hipona "Confissões" Capítulo 8

0 Comments

OS PECADOS DA PRIMEIRA INFÂNCIA

6/13/2015

0 Comments

 
Escuta-me, ó meu Deus! Ai dos pecados dos homens! E quem isto te diz é um homem, e
tu te compadeces dele porque o criaste, e não foste autor do pecado que nele existe.
Quem me poderá lembrar o pecado da infância, já que ninguém está diante de ti limpo de
pecado, nem mesmo a criança cuja vida conta um só dia sobre a terra? Quem mo recordará?
Acaso alguma criança pequena de hoje, em quem vejo a imagem do que não recordo de mim? E
em que eu poderia pecar nesse tempo? Acaso por desejar o peito da nutriz, chorando? Se agora
eu suspirasse com a mesma avidez, não pelo seio materno, mas pelo alimento próprio da minha
idade, seria justamente escarnecido e censurado. Logo, era então digno de repreensão o meu
proceder; mas como não podia entender a censura, nem o costume nem a razão permitiam que
eu fosse repreendido. Prova está que, ao crescermos, extirpamos e afastamos de nós essa
sofreguidão; e jamais vi homem sensato que, para limpar uma coisa viciosa, prive-a do que tem
de bom.
Acaso, mesmo para aquela idade, era bom pedir chorando o que não se me podia dar sem
dano, indignar-me acremente com as pessoas livres que não se submetiam, assim como as
pessoas respeitáveis, e até com meus próprios pais, e com muitos outros que, mais sensatos, não
davam atenção aos sinais de meus caprichos, enquanto eu me esforçava por agredi-los com
meus golpes, quanto podia, por não obedecerem às minhas ordens, que me teriam sido danosas?
Daqui se segue que o que é inocente nas crianças é a debilidade dos membros infantis, e não a
alma.
Certa vez, vi e observei um menino invejoso. Ainda não falava, e já olhava pálido e com
rosto amargurado para o irmãozinho colaço. Quem não terá testemunhado isso? Dizem que as
mães e as amas tentam esconjurar este defeito com não sei que práticas. Mas se poderá
considerar inocência o não suportar que se partilhe a fonte do leite, que mana copiosa e
abundante, com quem está tão necessitado do mesmo socorro, e que sustenta a vida apenas com
esse alimento? Mas costuma-se tolerar indulgentemente essas faltas, não porque sejam
insignificantes, mas porque espera-se que desapareçam com os anos. Por isso, sendo tais coisas
perdoáveis em um menino, quando se acham em um adulto, mal as podemos suportar.
Assim, pois, meu Senhor e meu Deus, tu que me deste a vida e corpo, o qual dotaste,
como vemos, de sentidos e proviste de membros, adornando-o de beleza e de instintos naturais,
com os quais pudesse defender sua integridade e conservação, tu me mandas que te louve por
esses dons e te confesse e cante teu nome altíssimo. Serias Deus onipotente e bom ainda que só
tivesses criado apenas estas coisas, que nenhum outro pode fazer senão tu, ó Unidade, origem
de todas as variedades, ó Beleza, que dás forma a todas as coisas, e com tua lei as ordenas!
Tenho vergonha, Senhor, de ter de somar à vida terrena que vivo aquela idade que não
recordo ter vivido, na qual acredito pelo testemunho de outros, por vê-lo assim em outras crianças,
embora essa conjectura mereça toda a fé. As trevas em que está envolto meu esquecimento a
seu respeito assemelham-se à vida que vivi no ventre de minha mãe.
Assim, se fui concebido em iniqüidade, e se em pecado me alimentou minha mãe, onde,
suplico-te, meu Deus, onde, Senhor, eu, teu servo, onde e quando fui inocente? Mas eis que
silencio sobre esse tempo. Para que ocupar-se dele, se dele já não conservo nenhuma
lembrança?

Agostinho de Hipona "Confissões" Capítulo 7
Imagem
0 Comments

É PECADO VER TELEVISÃO?

6/6/2015

1 Comment

 
Imagem
É PECADO VER TELEVISÃO? A televisão é nada mais do que um aparelho que nos permite ver muitas fotografias ou desenhos numa rápida sucessão. Em si mesma, a televisão é moralmente neutra, do mesmo modo que quadros ou fotografias também são moralmente neutros.

Nos nossos dias, contudo, muitos programas se tornaram sujos. A televisão se tornou um instrumento que é frequentemente abusado para incentivar o adultério, a fornicação, a bebedice, a violência, o ódio, e a cobiça. A atitude que o cristão deveria ter a respeito destes pecados é clara: "Não sejais participantes com eles. . . . E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha" (Efésios 5:7,11-12, estude cuidadosamente todo o contexto 5:3-17). O discípulo verdadeiro entende a importância de ter pensamentos puros (Filipenses 4:8). Ele não achará as "obras infrutíferas das trevas" divertidas; antes, elas são repugnantes para ele. É fato que em nossa sociedade é impossível evitar ver e ouvir uma considerável porção de imundície moral. Mas certamente o verdadeiro seguidor de Cristo não convidará deliberadamente estas abominações para a sua sala de estar, diariamente. Mesmo os "bons" espetáculos podem facilmente dominar a vida da pessoa, de modo que ela não terá tempo livre para estudar, orar, ajudar os outros e servir ao Senhor. O servo do Senhor tem que "redimir" o tempo cuidadosamente (Efésios 5:16).

Talvez, como resultado destes fatores, algumas igrejas decidiram proibir seus membros de possuírem aparelhos de televisão ou verem programas de televisão. Esta abordagem do problema não tem a aprovação do Senhor, contudo. Os fariseus do tempo de Jesus usavam exatamente este mesmo método para lidar com sua lei. Se havia possibilidade de alguém pecar por trabalhar no sábado, por exemplo, eles simplesmente proibiam todas atividades no sábado. Jesus condenou estas doutrinas humanas e demonstrou que seguir as leis que os homens inventam não tem valor (Mateus 15:1-14; Colossenses 2). A abordagem correta é cada discípulo tomar uma decisão individual sobre se deve ter uma televisão e considerar cuidadosamente a influência moral de cada programa visto. Esta é uma área de grave perigo; mas também há muito perigo em inventar regras de igrejas e doutrinas que não estão na Bíblia.

1 Comment

DÊ LIBERDADE À BÍBLIA

6/5/2015

0 Comments

 
"Defender a Bíblia? Seria o mesmo que defender um leão. Simplesmente dê liberdade à Bíblia. Ela defenderá a si mesma."


Charles Haddon Spurgeon
Imagem
0 Comments
    Picture

    Archives

    June 2016
    May 2016
    April 2016
    March 2016
    February 2016
    January 2016
    December 2015
    November 2015
    October 2015
    September 2015
    August 2015
    July 2015
    June 2015
    May 2015
    April 2015
    March 2015
    February 2015
    January 2015
    December 2014
    November 2014
    October 2014
    September 2014
    August 2014
    July 2014
    June 2014
    May 2014
    March 2014
    February 2014
    January 2014
    December 2013
    November 2013
    October 2013
    September 2013
    June 2013
    May 2013

    Pastor Afonso

    Sou Pastor Evangélico ha mais de 20 anos, com formação em Teologia 

    Categories

    All

    RSS Feed

Powered by Create your own unique website with customizable templates.