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Estudo sobre a Primeira Carta à Igreja em Éfeso

2/26/2014

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Primeira Carta à Igreja em Éfeso (Apocalipse 2.1-7)

A mensagem do Apocalipse foi enviada principalmente “às sete Igrejas que estão na Ásia” (1.4). Este fato é frisado várias vezes no primeiro e  no último capítulo (1.4,11,20; 22.16). Os capítulos 2 e 3 são direcionados especificamente às Igrejas, com uma mensagem especial para cada uma delas. Os ensinamentos contidos nas cartas às sete Igrejas da Ásia devem ser aplicados às Igrejas de nossos dias.

Ao anjo da Igreja em Éfeso (2.1-7)

2.1 -  Ao anjo da Igreja em Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:

A Igreja em Éfeso: Éfeso era a cidade mais importante da província romana da Ásia. Era situada às margens do rio Caístro, perto de sua foz no mar Egeu. Duas estradas importantes se cruzavam em Éfeso, uma seguindo a costa e a outra continuando para o interior, passando por Laodicéia. Sendo assim, Éfeso tinha uma localização importantíssima de ligação entre os dois lados do Império Romano (a Europa e a Ásia). Historiadores geralmente calculam a população da cidade no primeiro século entre 250.000 e 500.000 habitantes. Éfeso era conhecida também, como o foco de adoração à deusa Artemis, ou Diana. Sabemos alguma coisa sobre a história da Igreja em Éfeso através de outros livros do Novo Testamento. No final de segunda viagem, Paulo deixou Áqüila e Priscila em Éfeso, onde corrigiram o entendimento incompleto de Apolo sobre o caminho do Senhor (Atos 18.18-26). Na terceira viagem, Paulo voltou para Éfeso, onde pregou a palavra de Deus por três anos (Atos 19.1-41; 20.31). Na volta da mesma viagem, passou em Mileto e encontrou-se com os presbíteros de Éfeso (Atos 20.17-38). Durante os anos na prisão, Paulo escreveu a epístola aos efésios. Também, deixou Timóteo em Éfeso para edificar os irmãos (l Timóteo 1.3). Destas referências aos efésios, podemos observar algumas coisas importantes sobre essa Igreja. Desde o início, houve a necessidade de examinar doutrinas e  aceitar somente o que Deus havia revelado. Assim, Áqüila e Priscila ajudaram Apolo (Atos 18.26); Paulo advertiu os presbíteros do perigo de falsos mestres entre eles (Atos 20.29-31), e orientou Timóteo a admoestar os irmãos a não ensinarem outra doutrina (l Timóteo 1.3-7). A carta de Paulo aos efésios destacou a importância do amor (5.2), um tema destacado também, nesta carta no Apocalipse.

Aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete castiçais de ouro: Esta descrição de Jesus vem de 1.12-13,16,20 e mostra o conhecimento e a soberania de Jesus em relação às Igrejas. Tanto os efésios quanto os discípulos nas outras Igrejas, precisavam lembrar-se da presença de Jesus. Ele anda no meio das Igrejas, observando o procedimento delas, e pronto para agir quando for necessário. Segurando as sete estrelas, ele demonstra seu poder e domínio.

2.2-3 – E sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem serem apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos; e sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste.

Elogio – conheço as tuas obras...: Jesus elogia várias qualidades da Igreja em Éfeso:

Trabalho e paciência – Deus quer servos dedicados que não desistem (Tiago 1.4), Jesus falou da importância da perseverança diante da perseguição (Mateus 10.22; Romanos 5.3; Tiago 1.12), observando que as perseguições fazem com que o amor de muitos esfrie (Mateus 24.10-13). Devemos perseverar na oração (Atos 1.14; Colossences 4.2; 1 Timóteo 5:5), na doutrina verdadeira (Atos 2.42; 1 Coríntios 15.1), nas boas obras (Romanos 2.7) e na graça de Deus (Atos 13.43). Na sua perseverança, os efésios suportaram provas e não se desanimaram.

Não suportar homens maus – Depois de tantas advertências sobre o perigo de falsos mestres (veja citações acima), a defesa da verdade se tornou um ponto forte da Igreja de Éfeso. Homens que alegavam ser apóstolos foram postos à prova e achados mentirosos (1 Jo 4.1). Precisamos do mesmo zelo da verdade hoje. O mundo religioso está cheio de pessoas que se dizem profetas e apóstolos. Elas devem ser avaliadas conforme a Palavra de Deus. Pessoas que alegam trazer novas revelações sobre a Palavra são mentirosas (Gálatas 1.8-9; 1 Coríntios 13.8-10; Judas 3). Os apóstolos eram testemunhas oculares de Jesus ressuscitado (Atos 1.22; 1 Coríntios 15.8-9). Aqueles que se chamam apóstolos, hoje em dia, são falsos mestres. Devemos rejeitá-los.

2.4 – Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.

Crítica – Tenho... contra ti...: O problema dos efésios não foi uma questão de doutrina incorreta, mas de amor. Abandonaram o seu primeiro amor. Esqueceram dos grandes mandamentos que formam a base para todos os ensinamentos de Deus (Mateus 22.37-40). Paulo instruiu os efésios sobre a importância do amor como alicerce da vida do cristão (Efésios 3.17; 4.2,16; 5.2; 6.23). Não devemos distorcer esta advertência para criar um conflito entre o amor e a verdade. Podemos defender a verdade, como os efésios fizeram e, ao mesmo tempo, praticar o amor. Foi exatamente isso que Paulo pediu aos efésios: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4.15).

2.5 – Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.

A chamada à ação – Jesus pede três respostas dos efésios:

1) Lembra-te, pois, de onde caíste: Não foram as bolotas dos porcos que levaram o filho pródigo ao arrependimento; foi a lembrança da casa do Pai. Para os efésios se arrependerem, teriam que lembrar a comunhão com Deus que deixaram para trás. Para permanecermos fiéis, a presença de Deus precisa ser a coisa mais preciosa na nossa vida. Uma vez que caímos, é necessário desenvolvermos novamente o amor para com Ele.

2) Arrepende-te: O arrependimento é a mudança de atitude. Quando decidimos deixar o pecado e fazer a vontade de Deus, nós nos arrependemos. O pecador precisa se arrepender antes de ser batizado para perdão dos pecados (Atos 2.38). O cristão que tropeça precisa se arrepender e pedir perdão pelos seus pecados (Atos 8.22). Aqui, uma Igreja cujo amor esfriou precisa se arrepender.

3) Volta à prática das primeiras obras: A mudança de atitude (o arrependimento) produzirá frutos (Mateus 3.8). Pelas obras, a pessoa arrependida mostrará a sinceridade da sua decisão. A Igreja em Éfeso precisava voltar à prática do amor.

A conseqüência se não houver o arrependimento – Se a Igreja não se arrepender, Jesus removerá o seu castiçal. Eles não permanecerão na abençoada comunhão com o Senhor.

2.6 – Tens, porém, isto: que aborreces as obras do nicolaítas, as quais eu também aborreço.

Mais um elogio – aborreces as obras do nicolaítas, as quais eu também aborreço: mais um ponto a favor, reforçando o elogio dos versículos 2 e 3. Os nicolaítas são mencionados somente aqui e verciculo 15, na carta à Igreja em Pérgamo. Não sabemos a natureza precisa do seu erro, mas sabemos que era abominável a Deus. Neste ponto, os efésios odiavam o que Deus odiava. Nós devemos fazer a mesma coisa, sendo amigos do bem (Tito 1.8) e detestando o mal (Salmo 97.10).

2.7 – Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus.

Quem tem ouvidos ouça..: Jesus usa aqui um apelo comum no seu ensinamento. Frequentemente, Ele chama os ouvintes a ouvirem a sua mensagem (Mateus 11.15; 13.9,43). O problema de um coração teimoso manifesta-se nos ouvidos tapados que se recusam a ouvir a verdade (Mateus 13.15). Os efésios provaram aqueles que falavam, agora eles seriam provados pela maneira de ouvirem.

O Espírito diz às Igrejas: Jesus transmitiu a sua mensagem por meio dos anjos das Igrejas (2.1,8,12,18; 3.1,7,14), mas o Espírito, também, participa da revelação (Apocalipse 1.4). O Espírito também, participa da recompensa, como Ele nos diz no final do versículo 7.

Ao vencedor...árvore da vida ...paraíso de Deus: A recompensa aguarda os vencedores que perseverarem no amor e na verdade. Aqueles que desistem, abandonando para sempre o seu amor, não receberão o galardão. Jesus descreve a comunhão com Deus em termos que nos lembram do jardim do Éden. Por causa do pecado, o homem foi expulso do jardim onde Deus andava (Gênesis 3.22-24). Aqueles que andam com Deus têm a esperança da vida no paraíso do Senhor.

Conclusão:

Uma Igreja rodeada por religiões falsas e sujeita a influência de homens maus, precisa examinar todos os ensinamentos e rejeitar todas as falsas doutrinas. Mas ela precisa também demonstrar o amor verdadeiro para vencer o mal. Devemos amar a verdade, não somente pelo desejo de sermos corretos, mas porque ela provem do Deus que merece o nosso amor. Devemos amar aos outros, porque foram feitos à imagem e semelhança de Deus. “Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros” (1 João 4.11).

Pr. Afonso           

 

 

 

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O Sermão da Montanha: "O Evangelho do Reino"

2/24/2014

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O ponto de vista do Novo Testamento sobre o sermão é mais bem entendido na introdução que lhe fez Mateus. O Sermão da Montanha é "o evangelho do reino" (Mateus 4:23). Isto deveria servir para esclarecer duas coisas: Primeiro, que ele não é meramente a exposição da lei e, segundo, que suas bênçãos e princípios éticos não são atingíveis pelos não convertidos. Este é um sermão para os cidadãos do reino. A salvação, e não a reconstrução social, é seu alvo e os homens de sabedoria mundana estão destinados a jamais entendê-lo.

O relato de Lucas (Lucas 6:12-49) coloca o sermão no segundo ano da pregação pública do Senhor, no auge de sua popularidade, uma popularidade em que ele nunca confiou (João 2:23-25) e que se verificou ser de pouca duração (João 6:66). Aqueles tempos parecem ter sido caracterizados por um grande entusiasmo religioso, que era tanto desorientado como superficial.

O Sermão da Montanha permanece como uma explanação da verdadeira natureza do reino de Deus. É um sermão proferido na História e serve para responder às questões que, naturalmente, seriam levantadas pelo anúncio em Israel do iminente aparecimento do reino (Mateus 3:1; 4:17). Mais ainda, o caráter totalmente inesperado do pregador e o acirrado conflito entre Jesus e os fariseus estavam para provocar ainda maior preocupação entre aqueles que primeiro ouviram o grito: "Está próximo o reino dos céus!"

O discurso de Jesus na encosta de um monte galileu não é, na realidade, um mero sermão. Ele mais se aproxima de um manifesto do reino de Deus. Há mais ensinamento de Jesus do que este, mas aqui sentimos a verdadeira essência da verdade do reino; e o negligenciaremos com nosso próprio risco. Porque ele trata de atitudes, o sermão permanece na entrada do reino de Deus tanto quanto em seus mais exaltados planos. Ele não é somente carne para os maduros mas um desafio àquele que faz sua primeira aproximação ao domínio e à justiça do céu.

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O que rege o mundo é a providência, não o acaso nem a sorte

2/23/2014

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Para que melhor se patenteie esta diferença, deve-se ter em conta que a providência de Deus, como ensinada na Escritura, é o oposto da sorte e dos acontecimentos atribuídos ao acaso. Ora, uma vez que, em todos os tempos, geralmente se deu a crer, e ainda hoje a mesma opinião avassala a quase todos os mortais, a saber, que tudo acontece por obra do acaso, aquilo que se devera crer acerca da providência, certo é que não só é empanado por essa depravada opinião, mas inclusive é quase sepultado em trevas. 

João Calvino  As Institutas Volume 1 Cap. 16 Pg.199
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Artigo 18 da Confissão de Fé de Augsburgo: "Do Livre Arbítrio"

2/22/2014

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Sobre o livre arbítrio ensinam que a vontade humana tem certa liberdade para operar justiça civil e escolher entre as coisas sujeitas à razão. Não tem, entretanto, a força para operar, sem o Espírito Santo, a justiça de Deus, ou a justiça espiritual, porque o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus. Essa justiça, porém, se realiza nos corações quando, pela palavra, é recebido o Espírito Santo. É o que diz, em outras tantas palavras, Agostinho, no Livro III do Hypognosticon: "Concedemos que todos os homens têm livre arbítrio, que inclui o juízo racional, não, porém, no sentido de que seja capaz, nas coisas que dizem respeito a Deus, a começá-las sem Deus ou seguramente completá-las, mas tão-somente nas obras desta vida, quer boas, quer más. Por obras boas entendo as que se originam do bem natural, isto é, querer trabalhar no campo, querer comer e beber, querer ter um amigo, querer possuir vestimenta, querer construir uma casa, querer esposa, criar gado, aprender algo de apreciável em diversas artes boas, querer o que quer de bom pertencente a esta vida. Tudo isso não subsiste sem o governo de Deus. Na verdade, dele e por ele são e principiaram a ser. Por obras más entendo coisas tais como querer render culto a um ídolo, querer cometer homicídio", etc.

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As bem-aventuranças: "O Caráter dos Cidadãos do Reino"

2/17/2014

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2. As Bem-aventuranças: O Caráter dos Cidadãos do Reino

Jesus abriu este importante sermão com uma série de oito declarações, pungentes e paradoxais, tradicionalmente conhecidas como as "bem-aventuranças" (Mateus 5:2-12). Elas devem ter caído como raios sobre aqueles ouvidos judeus do primeiro século. Uma fórmula para sucesso mais improvável poderia dificilmente ter sido imaginada. Elas assaltavam cada conceito da sabedoria convencional e deixavam o ouvinte chocado e perplexo. Deste modo, Jesus captura a atenção de sua audiência e insiste no caráter essencial do reino de Deus e seus cidadãos.

O mundo todo, então como agora, estava em busca, diligentemente, da felicidade e tinha tampouco uma concepção de como obtê-la, como os homens de hoje. Não houve surpresa no anúncio de que havia verdadeira bem-aventurança no reino. O choque veio com o tipo de povo que estava destinado a obtê-la.

As bem-aventuranças falam exclusivamente de qualidades espirituais. As preocupações históricas do homem, riqueza material, condição social e sabedoria secular, não recebem simplesmente pouca atenção, elas não recebem nenhuma. Jesus está claramente esboçando um reino que não é deste mundo (João 18:36), um reino cujas fronteiras não passam através de terras e cidades, mas através dos corações humanos (Lucas 17:20-24). Este reino totalmente improvável chegou, conforme anunciado, no primeiro século (Marcos 9:1; Colossenses 1:13; Apocalipse 1:9), porém muitos estavam despreparados para reconhecê-lo e aceitá-lo, assim como estão hoje.

Deve ser notado, ainda mais, que as qualidades do cidadão do reino não somente eram espirituais, mas são virtudes que o homem não receberia naturalmente. Elas não são o produto da hereditariedade ou do ambiente, mas da escolha. Ninguém, jamais, "cai" displicentemente nestas categorias. Elas não acontecem no homem naturalmente, e são de fato distintamente contrárias à "segunda natureza" que o orgulho e a ambição têm feito prevalecer nos corações de toda a humanidade.

Talvez não haja verdade mais importante a ser reconhecida sobre as bem-aventuranças do que o fato que elas não são provérbios independentes, que se aplicam a oito diferentes grupos de homens, mas são uma descrição composta de cada cidadão do reino de Deus. Estas qualidades são tão entrelaçadas num tecido espiritual que são inseparáveis. Possuir uma é possuir todas e não ter uma é não ter nenhuma. E como todos os cristãos têm que possuir todas estas qualidades de vida no reino, eles estão também destinados a receber todas as suas bênçãos; bênçãos que, como suas qualidades, são apenas componentes de um prêmio; um corpo chamado em uma só esperança (Efésios 4:4).

Em suma, então, as bem-aventuranças não contêm uma promessa de bênção sobre os homens em seu estado natural (todos os homens choram, mas certamente nem todos serão consolados, 5:4) nem de fato oferecem esperança àqueles que parecem cair numa categoria ou noutra. Elas são um quadro composto do que cada cidadão do reino, não somente uns poucos super-discípulos, têm que ser. Elas marcam a diferença radical entre o reino do céu e o mundo dos outros homens. O filho do reino é diferente naquilo que ele admira e valoriza, diferente naquilo que ele pensa e sente, diferente naquilo que ele procura e faz. É claro que, antes, jamais houve um reino como este.

Um reino para os pecadores e os humildes

Tem havido muitas abordagens do conteúdo específico das bem-aventuranças. Muitos sentem que há uma progressão de pensamento evoluindo através delas, que começa com uma nova atitude para consigo mesmo e para com Deus, passa a uma nova atitude para com os outros, e culmina com a reação do mundo a esta mudança radical. Há certo mérito nesta análise e, se tal esquema nítido coincide ou não com a ordem real das bem-aventuranças, as idéias certamente estão ali. Para uma sociedade governada por algumas concepções errôneas sérias do reino de Deus, as bem-aventuranças fazem duas afirmações básicas. Primeiro, que o reino não está aberto aos que se julgam virtuosos e aos presunçosos, mas ao pecador suplicante e vazio que chega procurando por ele. Segundo, que o reino não é para o "poderoso" que obtem o que deseja pela riqueza ou pela violência, mas para uma companhia de homens pacientes, que abrem mão, não somente de suas vontades, mas até dos seus "direitos", em prol das necessidades dos outros.

Ainda que não explicitamente declarado (Jesus não haveria de falar claramente de sua morte até um ano mais tarde, Mateus 16:21), não há nada mais óbvio no seu sermão do que a verdade central do evangelho que a salvação é pela graça de Deus. Aqui o pré-milenarista está palpavelmente errado. Como poderiam homens e mulheres tão famintos de justiça (5:6) e tão necessitados de misericórdia (5:7) encontrar lugar num reino governado por um sistema só de lei? E quem poderia imaginar que cidadãos do reino terrestre imaginado pelos pré-milenaristas haveriam de sofrer perseguição (5:10-12)? A justiça do reino não repousa num sistema de lei, mas sobre um sistema de graça. Seus santos padrões são atingíveis pelos homens pecadores (5:48). De outra maneira, o Sermão da Montanha haveria de ser fonte de maior desespero do que a lei de Moisés (Romanos 7:25).

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Grupos religiosos: "Mormonismo"

2/10/2014

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A igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (igreja dos Mórmons), foi organizada em 1830 no estado de Nova York por Joseph Smith Júnior.
1) Joseph Smith afirma ter visto Deus: "Vi dois personagens pairando no ar, por cima de mim. Um deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse para o outro: Este é o meu Filho amado. Ouve-O"!! Eles, os Mórmons afirmam que Smith viu Deus Pai em pessoa, e Jesus.
Leia o que a Bíblia diz em: Jo 1.18; 1 Jo 4.12; Ex 33.18-20;; 1 Tm 6.16. Deus disse a Moisés: Jamais o homem veá o meu rosto e continuará vivo.
2) Joseph Smith disse que viu o anjo Morôni. "Disse-me que havia um livro escondido na colina Cumora, escrito em placas de ouro, que continha a plenitude do evangelho eterno, tal como fora entregue pelo Salvador aos antigos habitantes".
A Bíblia diz: "Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo (Morôni) vindo do céu vos pregue outro evangelho que vá além do vos temos pregado, seja anátema (maldito) Gl 1.8".
3) O livro dos Mórmons é chamado de "o outro testamento de Jesus Cristo".
4) Smith e Oliver Cowdery, dizem ter recebido visita de João, que lhes teria concedido o sacerdócio de Arão.
5) Você já leu na Bíblia sobre um anjo chamado Morôni?
6) Smith disse que há habitantes na lua e que eles vivem cerca de 1000 anos ( Revista de Oliver B. Huntiton, V1 pg 166).
Para não nos estendermos muito, o que aqui não conviria, abreviemos nossas palavras. A seita diz que o diabo é irmão de Jesus; que a salvação pela graça é demoníaca; que a Bíblia não é infalível nem inerrante, e que precisa ser complementada com a literatura Mórmon; que os negros são almas amaldiçoadas por causa do pecado de Caim (racismo). Entre outras distorções doutrinárias.
Pr. Afonso
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Porque João batizou em Enom?

2/8/2014

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João 3:23 comenta sobre o trabalho de João Batista: "Ora, João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e para lá concorria o povo e era batizado."

Até hoje, há dúvida sobre o local exato descrito neste versículo, mas não pode haver dúvida sobre o motivo de João em batizar nesse lugar. As Escrituras afirmam claramente: "porque havia ali muitas águas". O batismo que Deus exige para a remissão dos pecados (Atos 2:38) requer uma quantidade de água. A palavra "batizar" vem de uma palavra grega que quer dizer imergir ou mergulhar. As figuras escolhidas no ensinamento bíblico descrevem o batismo como sepultamento (Romanos 6:4; Colossenses 2:12). Para serem batizadas, pessoas "desceram à água" e "saíram da água" (Atos 8:38-39; Marcos 1:10; etc.). Era imprescindível, então, uma quantia de água suficiente para imergir as pessoas.

Embora a Bíblia explique o motivo de João realizar batismos em Enom, algumas pessoas não ficam contentes em aceitar tal explicação simples. Considere algumas tentativas dos homens para evitar o significado deste versículo:

ŒAlguns afirmam que é necessário batizar em águas correntes. Pelo fato que João batizou no rio Jordão (Marcos 1:9), concluem que o batismo tem que ser realizado em águas correntes. Deus poderia ter exigido batismo em água corrente, mas ele não o fez. Nenhuma passagem bíblica diz que o batismo precisa ser no rio Jordão, nem em rio qualquer, nem em águas correntes. Na maioria dos casos citados na Bíblia, não sabemos se o batismo aconteceu em rio, lago ou piscina, mas sabemos que "os que lhe aceitaram a palavra foram batizados" (Atos 2:41). Nem sempre aconteceu no rio Jordão. 3.000 pessoas foram batizadas no dia de Pentecostes, quando os apóstolos pregaram em Jerusalém. O etíope foi batizado onde encontraram água no deserto (Atos 8:36-39). O carcereiro foi batizado em algum lugar em Filipos (Atos 16:33). As pessoas que exigem batismo em águas correntes estão acrescentando à palavra de Deus. Ninguém tem direito de fazer leis que Deus não fez!

 Ainda outros distorcem João 3:23 para negar o sentido natural da palavra "batizar". Dizem que o nome "Enom" quer dizer "muitas fontes" e não "muitas águas" e, portanto, o batismo não precisa ser por imersão. É verdade que alguns dicionários sugerem que "Enom" vem de uma raiz com o sentido "muitas fontes", mas este fato não resolve nada. A Bíblia não diz que João batizou em Enom, cujo nome significava muitas fontes. Ela diz que o lugar foi apropriado para batizar "porque havia ali muitas águas".

João escolheu um lugar propício para obedecer as ordens de Deus e lá ele imergiu as pessoas nas águas.

Pr. Afonso

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A Bíblia autoriza o Divórcio?

2/7/2014

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Em 1 Coríntios 7:11, Paulo autorizou o divórcio?

Jesus disse: "Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério" (Lucas 16:18). Também disse: "Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério" (Mateus 19:9). A palavra do Senhor sobre o divórcio é rígida, especialmente quando vista da perspectiva de uma sociedade que valoriza o prazer e os sentimentos acima de compromissos e deveres.

Algumas pessoas que até reconhecem a rigidez de Deus quanto ao divórcio acreditam que Paulo abriu uma certa brecha em 1 Coríntios 7:10-11 – "Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher." Será que o versículo 11 anula a ordem do versículo 10? Deus proíbe o divórcio em um versículo e o autoriza no seguinte?

Além da dificuldade óbvia de uma contradição imediata, uma análise do texto nos mostra que o versículo 11 não se trata de permissão para divorciar e sim, instrui sobre como agir uma vez que alguém já pecou.

Uma construção gramatical paralela em 1 João 2:1 esclarece o sentido. Naquele versículo, João disse: "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo". Aqui, como em 1 Coríntios 7:10-11, a primeira parte comunica a vontade de Deus (Não se separar/Não pecar) e a segunda parte explica o que a pessoa desobediente deve fazer depois de pecar (Não casar-se ou reconciliar-se/Procurar o Advogado).

O ensinamento de Paulo, como o de Jesus, é claro. Não devemos divorciar. A pessoa que pensa em divorciar, dizendo que não pretende casar com outra pessoa depois, ainda estaria desobedecendo a palavra do Senhor. Estaria fazendo exatamente o que Deus proíbe, assim transgredindo a lei divina. João disse: "...o pecado é a transgressão da lei" (1 João 3:4). Ao mesmo tempo, esta decisão de divorciar cria uma situação difícil para a pessoa repudiada. Jesus avisou: "Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada também comete adultério" (Mateus 5:32).

Vamos evitar a crueldade, o adultério e a condenação de Deus. Vamos ser fiéis ao compromisso absoluto do casamento e amar os nossos cônjuges – até que a morte nos separe.

Pr. Afonso

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Grupos religiosos: "Tabernáculo da Fé"

2/5/2014

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Fundada pelo pregador de curas divinas William Marrion Branham, esta igreja começou como um ministério ortodoxo, mas, ao longo do tempo, teve suas doutrinas distorcidas. Branham, tanto em vida quanto depois de morto, era endeusado por seus seguidores. Sua morte ocorreu em 1965, quando foi atropelado por um motorista bêbado. Enquanto algumas pessoas aguardavam sua ressurreição, outras lhe edificaram um santuário em forma de pirâmide. Branham foi identificado como o " profeta da Era" e como aquele que cumpriu Apocalipse 10.7".
Contrariando Marcos 13.32, William Branham disse que o fim do mundo ocorreria em 1977. E foi mais longe ao alegar que, embora não pudesse prever o dia e a hora, podia, no entanto, profetizar o ano e o mês. Seu único objetivo era contradizer o ensino bíblico. Depois, seu sucessor, na tentativa de desculpar a falsa profecia, disse que naquele ano se iniciava um novo período para a igreja.
Assim como em qualquer grupo genuinamente evangélico a Bíblia é considerada a única e infalível Palavra de Deus, no Tabernáculo da Fé as afirmações de William Branham também são consideradas verdadeiras profecias. Seu livro "Las siete edades de la Iglesia" é lido e aceito com a mesma reverência que a Bíblia. Segundo esse livro, Deus disse a Branham que ele era João Batista, Enviado ao mundo para preparar o caminho para o retorno do Senhor.
Nega a doutrina da Trindade. Ou seja, é unicista em seus princípios. Pai, Filho e Espírito Santo seriam apenas nomes diferentes de um mesmo Ser. E chega a identificar a marca na testa de que fala Apocalipse 13.16 com a crença na doutrina da Trindade. A marca na mão seria a obediência às demais igrejas, o que manifesta claramente seu caráter proselitista. Por causa disso, seu batismo é apenas em nome de Jesus, negando, dessa forma, a fórmula batismal de Mateus 28.19.
William Soto Santiago, o sucessor de William Branham, reinvidicou as mesmas manifestações divinas para si e se intitulou como "a voz da pedra". Ou seja, Jesus é a pedra angular e ele, a voz da pedra.

Pr. Afonso
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Grupos religiosos: "Meninos de Deus"

2/3/2014

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O movimento começou na década de 60, nos EUA, com o líder David Brandt Berg, evangelista nascido em Oakland, Califórnia, em 1919, David voltou seu olhar para os jovens hippies e, para atraí-los, lançou mão dos seguintes elementos: rock, café e sanduíches gratuitos. Então, surgiu uma comunidade bem ao estilo das comunidades alternativas da época. A princípio, intitulou-se Moisés Davi, ou simplesmente MO, nome derivado de uma suposta profecia.
Ao organizar uma complicada hierarquia, o grupo cresceu vertiginosamente depois de alguns anos, passando a agregar, principalmente, pessoas que tinham abandonado suas famílias e lares e estavam vivendo nas ruas.
Não demorou muito e David Berg passou a escrever cartas, por meio das quais passou a doutrinar seus seguidores com ensinos distorcidos tanto teologicamente quanto moralmente. Ensinava o ocultismo, a reencarnação e a permissividade sexual, além de dizer que era o único profeta dos últimos tempos, que os Meninos de Deus formavam a Igreja remanescente dos últimos dias e de incentivar o uso da blasfêmia, da vulgaridade, da profanação e da pornografia para alcançar novos adeptos.
O movimento usa apenas alguns trechos escolhidos da Bíblia, pois as cartas de Moisés Davi são a sua verdadeira literatura. As pessoas que se associam ao grupo passam por uma intensa lavagem cerebral, efetuada por meio de privações e doutrinação prolongada e frequente.
Pregaram o fim do mundo para 1993, cálculo feito mediante distorções de alguns textos do Apocalipse, livro predileto da seita. São favoráveis à prática do amor, não em sentido bíblico, mas, sim, erótico. Não apresentam um posicionamento teológico quanto à pessoa de Jesus. São contra a família nos moldes atuais, contra o Estado e contra todas as igrejas.
Hoje, o movimento encontra-se em franca decadência, uma vez que o contexto cultural que o sustentava foi desfeito.
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    Pastor Afonso

    Sou Pastor Evangélico ha mais de 20 anos, com formação em Teologia 

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