Os santos possuem o Reino em meio a uma permanente batalha, um misto de vitória e derrota com um triunfo consumado já antecipado na vinda de Cristo.
A profecia de Daniel no capítulo 7 abarca a luta espiritual que abrange as épocas desde a primeira até a segunda vinda do Messias. Empregam-se dois termos que são importantes para se perceber a verdade bíblica do Reino de Deus: “domínio” e “possuir”. “Domínio” (do caldeu shelet, “governar. prevalecer, dominar”) está nas mãos dos poderes do mundo (vs. 6,12) até a vinda do Filho do Homem. Nessa ocasião, o domínio será assumido por Ele para sempre (vs. 13-14). Enquanto isso, porém, entre a primeira e a segunda vinda do Messias, se trava uma luta provisória. Durante esse tempo, os santos “possuem” (caldeu chacan, “apegar-se a ou ocupar”) o Reino. Isso comunica um processo de longa luta, enquanto os redimidos (“santos”) “possuirão o que “receberão” (v. 18). O enredo traz o seguinte: 1) Depois que “foi dado o juízo aos santos” (previsão do grande impacto da cruz de Cristo, da qual dependem a redenção do ser humano e sua restauração ao potencial do governo sob Deus), sucede uma longa luta. 2) Essa luta é descrita como “o tempo em que os santos possuirão o Reino”. Eles, de fato, lutam contra adversários sinistros e experimentam um misto de vitórias e aparentes derrotas (v. 25). A profecia desvenda a época presente do Reino, que é uma luta contínua, de vitória sobre vitória para a Igreja. Todavia, a Igreja aguarda seu triunfo final até que Cristo venha novamente.
Esta profecia também equilibra a questão da Soberania divina e da responsabilidade humana. 1) A Soberania de Deus efetua a vitória decisiva (v. 22) e, na cruz, alcança a vitória final, propiciando aos santos novas possibilidades de avanço e conquista. 2) Deus confia a responsabilidade desse avanço aos seus para “possuírem o Reino”, enfrentando o adversário, às custas, às vezes, de aparentes derrotas deles (v. 26). 3) No entanto, o avanço para a vitória é Seu, enquanto pressionam o “juízo” do “juízo” (vs. 22,26) e desapropriam domínios controlados pelo mal. Eles combatem o domínio de poderes infernais, prosseguindo em guerra até que o Filho do Homem se assente definitivamente no Seu Trono (vs.14,27).
Sistemas proféticos variam com o respeito ao como e ao quando estas palavras se desvelam no calendário da história da Igreja, pois o texto está sujeito a diferentes esquemas de interpretação, cada um com diferentes cronologias delineadas. Mas o fato fundamental permanece: há uma luta perene entre “ os santos” e o poder do mal no mundo que convoca cada cristão a lutar firmemente nessa batalha permeada de vitórias e derrotas, com o consumado triunfo antecipado pela vinda de Cristo. Enquanto isso, “recebemos” o Reino” e buscamos vitórias para o nosso Rei, por Seu poder, alcançando triunfos intermitentes, todos eles baseados no “juízo” obtido através da cruz. Ver Apocalipse 12 10-11
Pr. Afonso Tavares
A profecia de Daniel no capítulo 7 abarca a luta espiritual que abrange as épocas desde a primeira até a segunda vinda do Messias. Empregam-se dois termos que são importantes para se perceber a verdade bíblica do Reino de Deus: “domínio” e “possuir”. “Domínio” (do caldeu shelet, “governar. prevalecer, dominar”) está nas mãos dos poderes do mundo (vs. 6,12) até a vinda do Filho do Homem. Nessa ocasião, o domínio será assumido por Ele para sempre (vs. 13-14). Enquanto isso, porém, entre a primeira e a segunda vinda do Messias, se trava uma luta provisória. Durante esse tempo, os santos “possuem” (caldeu chacan, “apegar-se a ou ocupar”) o Reino. Isso comunica um processo de longa luta, enquanto os redimidos (“santos”) “possuirão o que “receberão” (v. 18). O enredo traz o seguinte: 1) Depois que “foi dado o juízo aos santos” (previsão do grande impacto da cruz de Cristo, da qual dependem a redenção do ser humano e sua restauração ao potencial do governo sob Deus), sucede uma longa luta. 2) Essa luta é descrita como “o tempo em que os santos possuirão o Reino”. Eles, de fato, lutam contra adversários sinistros e experimentam um misto de vitórias e aparentes derrotas (v. 25). A profecia desvenda a época presente do Reino, que é uma luta contínua, de vitória sobre vitória para a Igreja. Todavia, a Igreja aguarda seu triunfo final até que Cristo venha novamente.
Esta profecia também equilibra a questão da Soberania divina e da responsabilidade humana. 1) A Soberania de Deus efetua a vitória decisiva (v. 22) e, na cruz, alcança a vitória final, propiciando aos santos novas possibilidades de avanço e conquista. 2) Deus confia a responsabilidade desse avanço aos seus para “possuírem o Reino”, enfrentando o adversário, às custas, às vezes, de aparentes derrotas deles (v. 26). 3) No entanto, o avanço para a vitória é Seu, enquanto pressionam o “juízo” do “juízo” (vs. 22,26) e desapropriam domínios controlados pelo mal. Eles combatem o domínio de poderes infernais, prosseguindo em guerra até que o Filho do Homem se assente definitivamente no Seu Trono (vs.14,27).
Sistemas proféticos variam com o respeito ao como e ao quando estas palavras se desvelam no calendário da história da Igreja, pois o texto está sujeito a diferentes esquemas de interpretação, cada um com diferentes cronologias delineadas. Mas o fato fundamental permanece: há uma luta perene entre “ os santos” e o poder do mal no mundo que convoca cada cristão a lutar firmemente nessa batalha permeada de vitórias e derrotas, com o consumado triunfo antecipado pela vinda de Cristo. Enquanto isso, “recebemos” o Reino” e buscamos vitórias para o nosso Rei, por Seu poder, alcançando triunfos intermitentes, todos eles baseados no “juízo” obtido através da cruz. Ver Apocalipse 12 10-11
Pr. Afonso Tavares